Catálogo de cursos: sociedade opinará
O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos será aberto a debate público na segunda-feira, 5, às 14h, em solenidade que terá a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad. Os debates sobre o conteúdo do documento vão se estender por 90 dias.
Estruturado em eixos, o catálogo agrupará os cursos conforme as características científicas e tecnológicas, de forma a unificar as diversas definições para um mesmo perfil. O documento, em formato e linguagem claros, que facilitam a busca e a consulta, não terá função restritiva, mas a de unificar a nomenclatura dos cursos.
Na elaboração do catálogo, especialistas de todo o País utilizaram informações contidas no Cadastro Nacional dos Cursos Técnicos, alimentado pelos conselhos estaduais de educação. Após a participação da população, espera-se a redução das atuais 2,8 mil denominações de cursos para cerca de 150. “A diversidade de denominações e as incongruências dos perfis profissionais para um mesmo curso encaminham a formação de diferentes profissionais para uma mesma atividade laboral”, diz Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional e tecnológica. “A idéia é que este guia de carreiras seja imprescindível para a formação dos estudantes, a qualificação de professores e a gestão das instituições.”
Exemplo — A educação profissional e tecnológica representa expressiva oferta de cursos e matrículas. São cerca de 20,5 mil cursos, oferecidos por mais de cinco mil instituições. O censo educacional registrou, em 2005, mais de 700 mil matrículas. O catálogo é um instrumento bem-sucedido em países como Espanha, Portugal, França, Chile e Peru. No ano passado, o MEC lançou o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, referência para a nova publicação.
Felipe De Angelis