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Educação a distância

Evento reúne educadores em Brasília

  • Terça-feira, 09 de dezembro de 2008, 16h51
  • Última atualização em Quarta-feira, 10 de dezembro de 2008, 13h50

Embrião dos modelos atuais das escolas públicas em tempo integral, a Escola Parque da 308 Sul, no Plano Piloto de Brasília, abriu suas portas nesta terça-feira, 9, para os coordenadores dos programas Mais Educação e Escola Aberta. Educadores de 26 estados, do Distrito Federal e do Ministério da Educação estão na cidade para avaliar as atividades dos dois programas e trocar experiências.

A Escola Parque da 308 Sul é um espaço para atividade dos alunos de oito escolas públicas da Asa Sul, no turno depois das aulas. São 2.600 estudantes do ensino fundamental que ocupam a escola em dias alternados para atividades de teatro, música, artes visuais, educação física e para almoçar. Esse modelo tem origem no projeto de escola integral desenvolvido pelo educador Anísio Teixeira, em Salvador (BA), há cerca de 60 anos.

A diretora dessa Escola Parque, Delaine Resis Veras, explica que os alunos têm nas suas escolas cinco horas diárias de aula, conforme prevê o currículo, e outras quatro horas na Escola Parque 308 Sul, em sistema de revezamento. Nas segundas-feiras, a Escola Parque recebe todos os estudantes da 1ª e da 2ª séries das oito escolas da redondeza; nas terças-feiras, os alunos da 3ª e 4ª séries; e nas quartas, quintas e sextas-feiras, os estudantes de 5ª a 8ª séries.

Na avaliação de Delaine, que está na escola há quatro anos, sendo um   na função de diretora, o projeto vai bem, mas precisa de alguns ajustes. Entre as mudanças, ela cita a movimentação das crianças entre suas escolas e a Escola Parque, trajetos que são feitos a pé. A idéia inicial, diz, é que os pais fizessem a transição dos filhos entre as escolas, mas como 80% dos alunos vêm de cidades-satélites (região metropolitana de Brasília), isso não é possível. A preocupação da diretora é com os alunos das séries iniciais que têm de sete a dez anos. Mesmo com esse tipo de dificuldade, Delaine diz que a experiência é valiosa para o aluno, a família, a escola e a comunidade.

Abrangência – O programa Mais Educação (oferece atividades no turno depois das aulas) está presente em 55 municípios de 25 estados e no Distrito Federal (São Paulo não aderiu). Atende no contraturno cerca de 400 mil estudantes de 1.409 escolas públicas da educação básica. Suas atividades, explica o coordenador do programa na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Leandro Fialho, vão além dos muros das escolas. Ele ressalta que o Mais Educação acontece graças ao sistema de parceria construído com a sociedade, comunidades, clubes, parques. Muitos municípios compreenderam, diz Fialho, que a educação é tarefa de todos, daí a ampliação das parcerias. A perspectiva de 2009 é levar o programa para mais municípios e ampliar onde já existe. O projeto do MEC é atender cinco mil escolas no próximo ano.

Na abertura do 1º Encontro Nacional dos Coordenadores dos Programas Mais Educação e Escola Aberta, o secretário da Secad, André Lázaro, disse que a diretriz destes dois programas é atender a quem mais precisa, especialmente nos municípios com os mais baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Além de sugerir a ampliação das ações, Lázaro anunciou que a Secad estuda um modelo de escola integral para o campo, o que ele considera um desafio.

No caso do Mais Educação, o secretário destacou que o programa ganha força porque não adota um modelo, mas uma diversidade de formas, onde a criança e o adolescente são o objetivo. “Trabalhamos com parceiros que estão empenhados em criar ambientes de aprendizagem, de pluralidade e de valorização do ser humano”, disse Lázaro. Na visão da secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, ver obras de arte, ir ao cinema, conversar com os professores, praticar esportes são atividades que fazem parte da educação do cidadão, daí a importância do espaço extraclasse.

Ionice Lorenzoni

Republicada com correção de informações

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