Educação a distância
Excelente domínio das ferramentas e da tecnologia da educação a distância, desempenho na execução das tarefas e exigência de respostas rápidas dos orientadores são pontos que destacam os educadores brasileiros que fazem o curso de pedagogia a distância no Japão. A formação, que começou em julho de 2009, é feita pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com a Universidade Tokai.
O curso é dirigido a professores brasileiros sem graduação ou com formação diferente daquela em que trabalham, explica a coordenadora do projeto de formação de professores pelo Acordo Brasil-Japão, Kátia Morosov Alonso, da UFMT. Na turma de 270 alunos, 80% são educadores brasileiros e os demais, japoneses, argentinos, paraguaios, peruanos e bolivianos que lecionam na língua portuguesa em escolas para brasileiros.
As aulas presenciais, seminários temáticos e encontros de avaliação acontecem em três polos da Universidade Tokai, nas cidades de Nagoya, Hamamatsu e Ota, e no campus Shanon da instituição na cidade de Hiratsu. De acordo com Kátia Morosov, quatro professores da UFMT fazem a coordenação presencial do curso nos polos e no campus Shanon, mas a universidade tem uma equipe de atendimento no Brasil.
No conjunto, a equipe da UFMT dedicada ao curso soma 47 profissionais: 17 fazem a orientação acadêmica, oito especialistas produzem conteúdos e trabalham com os alunos, 13 integram a equipe tecnológica que mantém a plataforma e páginas eletrônicas do curso, três estão na parte de registro das avaliações de desempenho acadêmico, um é coordenador do curso e um, vice-coordenador.
Mesmo com o bom aproveitamento dos professores que estão no Japão, a realização do curso de pedagogia, na avaliação de Kátia Morosov, é um desafio para a Universidade Federal de Mato Grosso e para os cursistas. Fuso horário com 12 horas de diferença, jornada de trabalho dos cursistas de oito a nove horas diárias de segunda-feira a sábado, custo elevado dos deslocamentos urbanos entre a escola ou residência do aluno e o polo estão entre os problemas enfrentados.
“É uma experiência difícil porque tratamos com outra cultura”, diz a coordenadora. No Japão, explica, o fato de ser forte a cultura do trabalho individual e da competição, associado à escassez de espaço físico, fazer reuniões e seminários constitui um problema. “Diferente de nós, eles dão pouca importância ao trabalho coletivo”, diz.
No caso do fuso horário, a UFMT fez adaptações para atender os educadores que estão no Japão. As videoconferências, que compõem a parte presencial do curso, por exemplo, começam no Brasil às 5h de sábado (17h de domingo no Japão). O domingo é o único dia livre que eles têm.
Conteúdos – De julho de 2009, quando o curso começou, a julho deste ano, os professores estudaram os fundamentos da educação a distância e os conteúdos da pedagogia – sociologia, filosofia, história da educação e pedagogia da infância. De agosto em diante, durante 20 a 24 meses, eles vão estudar conteúdos e metodologias de cinco áreas do conhecimento – linguagem, matemática, ciências, história e geografia.
A última parte do curso é dedicada à área de organização da escola que compreende políticas, planejamento, sistemas educacionais e gestão escolar. O curso tem duração de quatro anos (2009-2013), divididos em oito semestres, e carga de 3.360 horas. A cada semestre o curso tem três momentos presenciais, sendo dois por videoconferência e um encontro com os professores da UFMT, no Japão.
Dados do portal da Embaixada do Brasil em Tóquio indicam que funcionam no Japão 71 escolas brasileiras, das quais 52 foram homologadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e 19 estão em processo de homologação. Kátia Alonso estima que hoje 80% dos professores que trabalham em escolas brasileiras no Japão lecionam na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. É para eles que a universidade oferece a licenciatura em pedagogia.
Ionice Lorenzoni
Visite a página eletrônica do curso
Universidade de Mato Grosso qualifica professores no Japão
Excelente domínio das ferramentas e da tecnologia da educação a distância, desempenho na execução das tarefas e exigência de respostas rápidas dos orientadores são pontos que destacam os educadores brasileiros que fazem o curso de pedagogia a distância no Japão. A formação, que começou em julho de 2009, é feita pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com a Universidade Tokai.
O curso é dirigido a professores brasileiros sem graduação ou com formação diferente daquela em que trabalham, explica a coordenadora do projeto de formação de professores pelo Acordo Brasil-Japão, Kátia Morosov Alonso, da UFMT. Na turma de 270 alunos, 80% são educadores brasileiros e os demais, japoneses, argentinos, paraguaios, peruanos e bolivianos que lecionam na língua portuguesa em escolas para brasileiros.
As aulas presenciais, seminários temáticos e encontros de avaliação acontecem em três polos da Universidade Tokai, nas cidades de Nagoya, Hamamatsu e Ota, e no campus Shanon da instituição na cidade de Hiratsu. De acordo com Kátia Morosov, quatro professores da UFMT fazem a coordenação presencial do curso nos polos e no campus Shanon, mas a universidade tem uma equipe de atendimento no Brasil.
No conjunto, a equipe da UFMT dedicada ao curso soma 47 profissionais: 17 fazem a orientação acadêmica, oito especialistas produzem conteúdos e trabalham com os alunos, 13 integram a equipe tecnológica que mantém a plataforma e páginas eletrônicas do curso, três estão na parte de registro das avaliações de desempenho acadêmico, um é coordenador do curso e um, vice-coordenador.
Mesmo com o bom aproveitamento dos professores que estão no Japão, a realização do curso de pedagogia, na avaliação de Kátia Morosov, é um desafio para a Universidade Federal de Mato Grosso e para os cursistas. Fuso horário com 12 horas de diferença, jornada de trabalho dos cursistas de oito a nove horas diárias de segunda-feira a sábado, custo elevado dos deslocamentos urbanos entre a escola ou residência do aluno e o polo estão entre os problemas enfrentados.
“É uma experiência difícil porque tratamos com outra cultura”, diz a coordenadora. No Japão, explica, o fato de ser forte a cultura do trabalho individual e da competição, associado à escassez de espaço físico, fazer reuniões e seminários constitui um problema. “Diferente de nós, eles dão pouca importância ao trabalho coletivo”, diz.
No caso do fuso horário, a UFMT fez adaptações para atender os educadores que estão no Japão. As videoconferências, que compõem a parte presencial do curso, por exemplo, começam no Brasil às 5h de sábado (17h de domingo no Japão). O domingo é o único dia livre que eles têm.
Conteúdos – De julho de 2009, quando o curso começou, a julho deste ano, os professores estudaram os fundamentos da educação a distância e os conteúdos da pedagogia – sociologia, filosofia, história da educação e pedagogia da infância. De agosto em diante, durante 20 a 24 meses, eles vão estudar conteúdos e metodologias de cinco áreas do conhecimento – linguagem, matemática, ciências, história e geografia.
A última parte do curso é dedicada à área de organização da escola que compreende políticas, planejamento, sistemas educacionais e gestão escolar. O curso tem duração de quatro anos (2009-2013), divididos em oito semestres, e carga de 3.360 horas. A cada semestre o curso tem três momentos presenciais, sendo dois por videoconferência e um encontro com os professores da UFMT, no Japão.
Dados do portal da Embaixada do Brasil em Tóquio indicam que funcionam no Japão 71 escolas brasileiras, das quais 52 foram homologadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e 19 estão em processo de homologação. Kátia Alonso estima que hoje 80% dos professores que trabalham em escolas brasileiras no Japão lecionam na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. É para eles que a universidade oferece a licenciatura em pedagogia.
Ionice Lorenzoni
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Educação a distância
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Formação do professor