Universidades querem internet mais barata para licenciatura a distância
Os consórcios formados por universidades públicas que oferecem cursos de graduação a distância nas regiões Norte e Nordeste cobram do governo a definição de políticas que levem ao barateamento e à melhoria da qualidade da malha de fibra ótica nas duas regiões. Os representantes dos consórcios alegam que os cursos são ministrados quase que integralmente com material impresso, conseqüência da precária situação da rede de fibra ótica e do alto custo da internet.
A reivindicação integra o relatório final da reunião de trabalho Pró-Licenciatura Fase 1, organizada pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC). O encontro, encerrado quinta-feira, dia 28, em Brasília, contou com representantes das secretarias de Educação Básica (SEB/MEC), de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Especial (Seesp/MEC) e de 39 instituições de ensino superior que oferecem cursos de graduação a distância.
Segundo o professor José Roberto Silva, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Universidade do Estado do Pará (Uepa), as videoconferências resultam em altos custos para as instituições de ensino superior. "Deve ser formulada uma política pública com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que sejam reduzidos os custos e tarifas, de forma a permitir às universidades públicas desenvolver essas ações e outras de telefonia celular", disse.
Diretrizes - As instituições querem que o MEC estabeleça diretrizes, principalmente orçamentárias, para a execução dos projetos, quando aprovados. Sugerem, ainda, que o ministério defina juridicamente a função da tutoria na modalidade a distância e abra vagas para professores. Para Luiz Roberto Rodrigues Martins, do Departamento de Política em Educação a Distância da Seed, a síntese do documento contém pontos políticos e institucionais que asseguram o sucesso da educação a distância.
Na próxima semana, a SEB lançará o Pró-Licenciatura Fase 2, dirigido a professores da quinta à oitava série e do ensino médio da rede pública, em exercício, mas sem habilitação. Devem ser oferecidas mais de 20 mil vagas a cerca de 150 mil professores.
Repórter: Sonia Jacinto