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Educação a distância

Universidade aberta vai causar ‘intensa mobilização’, diz ministro

  • Terça-feira, 27 de dezembro de 2005, 09h49
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 12h02

O ministro não contém o entusiasmo, tamanha a convicção de que o sucesso da Universidade Aberta do Brasil é apenas questão de tempo. Pouco tempo. Os municípios interessados em aderir têm até abril para enviar seus projetos, e ele acredita que a procura será enorme.

Ao entrar na Sala de Cristal do Ministério da Educação, Fernando Haddad mal espera pelas perguntas. Diz que está animado com esta “grande inovação” concebida pelo governo federal e fadada a sensibilizar a sociedade brasileira. “Tenho a certeza que nós vamos ver no Brasil algo inédito, uma intensa mobilização social para que os prefeitos forjem os melhores projetos possíveis e tenham chance de ser selecionados.”

O objetivo da UAB é aumentar o acesso ao ensino superior (limitado hoje a 10% da população de 18 a 24 anos), através de educação a distância. Todo prefeito que deseja oferecer um curso superior a distância com apoio de uma instituição federal de ensino pode apresentar um projeto de pólo de apoio presencial ao MEC.

DivulgaçãoBasta oferecer as condições mínimas exigidas, por exemplo, para viabilizar a conexão à internet com banda larga e receber o conteúdo pedagógico. O espaço físico deve ser adequado e a proposta precisa respeitar a realidade local. E os monitores vão receber treinamento de tutores das universidades federais.

Levar em conta as peculiaridades regionais é uma filosofia presente nas políticas públicas do ministério como um todo. Além de ser uma questão de respeito, é uma forma de inibir o êxodo para as metrópoles e promover o desenvolvimento local. “Um desenvolvimento mais simétrico do país, a não-necessidade de um jovem talentoso migrar para os grandes centros”, define o ministro. “Todo prefeito que tinha o sonho de trazer uma universidade federal para o seu município vai poder oferecer esta oportunidade única de acesso ao ensino gratuito, e de qualidade.”

Haddad considera a educação a distância imprescindível para melhorar os indicadores num país do tamanho do Brasil. “Fazer isso no Chile, na Coréia, que são países pequenos, é uma coisa. Fazer isso num país em que 20% da população está na zona rural é outra. Então, temos de pensar em inovações institucionais, nos valendo da enorme revolução tecnológica que o mundo está vivendo, com o acúmulo de conhecimento nas nossas universidades, e disponibilizar isso para a população.”

Na opinião dele, a qualidade do aprendizado se equivale à da educação presencial. “Antes, havia um temor de que a qualidade poderia ficar comprometida. Hoje, nós temos a segurança de que é possível oferecer educação a distância com a mesma qualidade, ou até mais. Porque todo o conteúdo passa por um crivo prévio, o que nem sempre é o caso na educação presencial. Você não confere a aula de todo professor antes de ele ministrar.”

Repórter: Julio Cruz Neto

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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