Investimento na Universidade Aberta será seis vezes maior
A previsão de investimentos para o programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), este ano, é de R$ 167 milhões. Em comparação com 2006, quando o Ministério da Educação destinou R$ 26 milhões, o investimento será seis vezes maior. Em 2007, a UAB abrirá 60 mil vagas na rede pública de educação superior em cursos a distância.
Em junho, começarão a funcionar os pólos de apoio presencial em 150 municípios. Em setembro, outros 147 municípios inaugurarão cursos. Até o final de 2010, devem ser criados mil pólos da UAB em cidades do interior.
Um importante avanço será a possibilidade de conexão à internet de banda larga. “Estamos criando as condições para que os computadores operem por meio de pontos do Gesac (Governo Eletrônico — Serviço de Atendimento ao Cidadão)”, disse Hélio Chaves, diretor do Departamento de Políticas em Educação a Distância (Dpead) da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC).
O Dpead já encaminhou ao Ministério das Comunicações os endereços dos primeiros pólos da UAB e criará uma escala de implantação do Gesac para as demais localidades nas quais funcionarão cursos da UAB. “O programa depende de conexão em banda larga. Em média, um município paga em torno de R$ 10 mil a R$ 20 mil mensais para esse tipo de serviço. Com o Gesac, a conexão não gerará despesas para as prefeituras”, afirmou Chaves. Segundo ele, o governo federal, progressivamente, proverá a infra-estrutura e, paralelamente, eliminará elementos capazes de criar obstáculos nos programas de educação a distância. “Temos como justificar novas instalações do Gesac e, com isso, criar uma rede nacional de pólos da UAB em municípios do interior conectados via Gesac.”
Para Chaves, além de combinar a oferta de cursos de universidades públicas e centros de educação tecnológica com o atendimento aos estudantes em pólos de educação a distância nas regiões mais distantes dos centros, a UAB é hoje uma porta aberta para uma mudança de paradigma e melhoria de qualidade da educação em todos os níveis. “Este será o grande diferencial para o ensino. Com a cooperação dos municípios, teremos um modelo inovador para levar educação a regiões nas quais não há oferta de ensino superior”, avaliou Chaves.
Maria Pereira