Série da TV Escola valoriza a inclusão
Quem mais ganha com a educação inclusiva é a escola pública, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante o lançamento de uma série da TV Escola sobre inclusão na educação infantil, ocorrido nesta quarta-feira, 8, no Ministério da Educação.
Para Haddad, a inclusão de crianças com deficiência em sala de aula comum da rede de ensino é uma nova forma de sociabilidade que ganha força com as ações da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC). “Além da criança incluída, quem ganha com isso é a comunidade escolar e a sociedade”, afirma.
A série Toda Criança é Única: a Inclusão da Diferença na Educação Infantil narra seis experiências de inclusão ocorridas em Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Vitória, Brasília e São Luís. Cada um dos seis episódios tem duração aproximada de 30 minutos e serão exibidos na TV Escola nos dias 1º e 2 de outubro. A produção da série foi realizada pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC)
Haddad afirma, ainda, que a série lançada hoje é um exemplo de produção de conteúdo sobre educação. “É importante que a gente possa ter uma indústria de produção de conteúdo voltado para a educação, que hoje é incipiente, mas está ganhando força no Brasil”, diz.
Segundo a secretária de Educação Especial, Cláudia Dutra, o objetivo da série é apoiar o processo de inclusão nas escolas brasileiras. “A inclusão contribui para a qualidade da escola”, defende. O secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, anunciou que a série sobre inclusão na educação infantil será disponibilizada em outros meios, além da TV Escola, como o portal Domíno Público.
A inclusão de Luma — Um dos episódios da série narra o processo de inclusão da aluna Luma Tavares da Silva, de sete anos, que tem autismo e estuda na pré-escola da 316 Sul, em Brasília, desde os cinco anos. Acompanhada dos pais e de um irmão, Luma participou do lançamento da série e respondeu prontamente quando o ministro a cumprimentou. Segundo o pai de Luma, Jurandir Augusto Silva, antes de freqüentar a escola, ela mal falava e não se relacionava com outras crianças. “Ela é uma pepita de ouro que foi lapidada na escola.”
A expectativa de uma das professoras de Luma, Viviane Melchior, que também participou do evento, é de que o mesmo trabalho realizado na escola em que atua possa alcançar outras escolas e mostrar que é possível incluir crianças com necessidades educacionais especiais. “A dificuldade maior está no preconceito, naquilo que a gente imagina que vai ser. Mas quando você tem no seu contexto uma criança como a Luma, percebe que pode contribuir muito mais do que pensava”, ensina.
Maria Pereira Filha