Magistério: em defesa do piso salarial
A Internacional da Educação, entidade que congrega professores de todo o mundo, defende a existência da carreira de magistério, o ingresso por concurso público e piso salarial para a categoria dos profissionais da educação, por serem princípios constitucionais. A posição da entidade foi apresentada na manhã desta quinta-feira, 17, em Brasília, pela vice-presidente Juçara Maria Dutra Vieira, em palestra realizada na Conferência Nacional da Educação Básica. Ela falou sobre formação e valorização profissional.
Segundo Juçara, que já exerceu os cargos de presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e do Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), a carreira de magistério estimula o crescimento pessoal e funcional e garante qualidade ao serviço público, continuidade e produção de memória.
Para ela, a combinação de baixos salários, múltiplas jornadas e condições inadequadas de trabalho levam a um quadro preocupante, que muitas vezes compromete a saúde do professor. Ela acredita que a aprovação do projeto de lei que institui o piso salarial vai mudar a situação dos trabalhadores em educação. “Significa reconhecimento profissional dos educadores brasileiros e uma nova condição para o exercício profissional”, diz.
Em sua opinião, a criação do Conselho Técnico-Científico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) foi fundamental no sentido de reconhecer o profissional da educação também como um pesquisador. “É um passo importante na direção de uma formação sólida para uma educação igualmente consistente.”
A Internacional da Educação, com sede em Bruxelas, atua mundialmente e representa 25 milhões de professores e profissionais ligados à educação. Está presente em mais de 170 países.
Fátima Schenini