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Educação básica

Leitura e literatura na escola

  • Quinta-feira, 24 de julho de 2008, 10h04
  • Última atualização em Sexta-feira, 25 de julho de 2008, 08h31

A formação de leitores na educação básica e o papel da literatura na escola estão em discussão no Fórum Literatura na Escola: Biblioteca Escolar e Mediação da Leitura. Promovido pelos ministérios da Educação e da Cultura, o encontro se estenderá até sexta-feira, 25, no auditório do MEC.

Técnicos dos dois ministérios, professores, escritores, pesquisadores, bibliotecários, representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), entre outros membros, trocam informações sobre os temas e discutem novas medidas para promover a leitura e a literatura no ambiente escolar.

Para o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, é preciso favorecer a integração entre cultura e educação. “Literatura é cultura na escola”, defende.

Na abertura do seminário, a especialista em leitura Regina Zilberman destacou que o ensino da leitura e da literatura na década de 30 do século XX estruturava-se na transmissão dos conhecimentos dos cânones da literatura e da norma culta de escrita e leitura. A escola pública atendia sobretudo às camadas médias e altas da sociedade.

Segundo a especialista, com a expansão do atendimento escolar às demais classes da sociedade, essa fórmula de ensino deixou de funcionar porque, entre outros motivos, há muitos estudantes para os quais a literatura é uma prática alienígena e a leitura, uma atividade inusitada. “O papel da literatura não é mais o de transmissão do patrimônio literário, mas de formação do leitor”, acredita. Por isso, na visão dela, é importante discutir que tipo de leitura caberia à escola ensinar. “Precisamos saber se a escola deve formar bons leitores informativos e apreciadores de literatura”, questiona.

A Associação dos Escritores e Ilustradores  de Literatura Infantil e Juvenil defende que o ensino da literatura na escola privilegie o direito de escolha do aluno, como experiência subjetiva e afetiva. A representante da entidade no encontro, Anna Claúdia Ramos, espera que os debates contribuam para elaborar diretrizes nessa direção.

Maria Clara Machado

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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