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Educação integral

Estudantes completam ensino fundamental com ciência

  • Segunda-feira, 24 de agosto de 2009, 15h56
  • Última atualização em Segunda-feira, 24 de agosto de 2009, 16h40

Estudantes na oficina de ciência e arte, no centro de educação científica, em Natal. (Divulgação Aasdap)Estudantes de 24 escolas públicas do ensino fundamental de Natal e Macaíba, no Rio Grande do Norte, participam, nas suas cidades, de dois centros de educação científica no contraturno das aulas. Hoje são 1 mil estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental, que ficam no projeto durante dois anos. Para participar, os alunos precisam estar matriculados e frequentando escolas públicas localizadas no entorno dos centros.


Eles usam espaços pensados para o desenvolvimento de atividades em ambientes de alta tecnologia, com bibliotecas de excelência onde experimentam, convivem, produzem. Essas vivências são oferecidas nos centros de educação científica da Escola Alfredo Monteverde, que integra a Associação Alberto Santos Dumont para o Apoio à Pesquisa (Aasdap), com sede em Natal. Os centros de Natal e Macaíba são mantidos com recursos de quatro instituições, entre elas os ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia.


A diretora dos centros, Dora Maria de Almeida Prado Montenegro, descreve os ambientes onde os estudantes são recebidos: não há salas de aulas convencionais, mas espaços de encontros e de convivência, salas de produção de conhecimentos, bibliotecas e oficinas com equipamentos de última geração, além de refeitórios para professores e alunos.


Em cada espaço de trabalho, diz Dora Montenegro, há computadores, equipamentos de alta tecnologia, lousas e murais para a publicação de textos, fotos, cartazes e outras produções de estudantes e professores. Em outro espaço estão os jogos construídos pelos alunos e outros adquiridos pelos centros, obras literárias, instrumentos musicais que estimulam as brincadeiras coletivas nos intervalos das atividades, quando também é servido um lanche.


O princípio dos centros de educação científica é oferecer aos alunos um “espaço edificador da aprendizagem dos conteúdos das ciências, reconhecidos universalmente, essenciais à formação de cidadãos conscientes de seus papéis como agentes de transformação”, descreve Dora Montenegro. O fortalecimento da coisa pública, informa ela, é outro pressuposto, que leva a repensar o melhor caminho para reforçar e enriquecer a educação pública.


Natal – O centro de educação científica da Escola Alfredo Monteverde, em Natal, começou funcionar em fevereiro de 2007 com 300 alunos e seis oficinas. Hoje são 600 estudantes e sete oficinas. Nesta unidade funcionam oficinas e laboratórios de ciência e tecnologia, ciência e arte, robótica, história, física, química e biologia. A escola recebe 14 turmas de 20 a 25 alunos no período da manhã e 14 turmas no período da tarde. Os alunos frequentam o centro duas vezes por semana.


Na oficina de ciência e ambiente, grupo de alunos de Macaíba aprende sobre as plantas. (Divulgação Aasdap)Macaíba – O projeto na unidade de Macaíba abriu em setembro de 2007 com duas oficinas e 200 alunos. Hoje tem 400 estudantes e oferece oficinas de ciência e tecnologia, ciência e arte, ciência e vida, e ciência e meio ambiente. São oito turmas no turno da manhã e oito turmas no período da tarde. Neste centro os alunos também frequentam a escola duas vezes por semana.


Equipe – Os coordenadores das oficinas, laboratoristas, assistentes pedagógicos dos centros são selecionados entre estudantes de cursos de graduação ou mestrado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A equipe que atende as duas escolas é composta por um assessor pedagógico, dois coordenadores pedagógicos, dois assistentes, 11 coordenadores de oficinas e oito laboratoristas. Os laboratoristas, com formação específica em suas áreas do conhecimento, trabalham com disciplinas como biologia, física, química, história e arte.


Investimento – A coordenação do projeto informa que o orçamento anual dos centros de educação científica de Natal e Macaíba é de R$ 2,2 milhões, sendo que o Ministério da Educação participa com 68% desse valor. Os demais recursos vêm do Ministério da Ciência e Tecnologia, de Edmond J. Safra Philanthropic Fundation e do Serviço Social do Comércio (Sesc) do Rio Grande do Norte.


Criada em 17 de abril de 2004, a Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa (Aasdap), é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). Ela capta e administra recursos públicos e privados destinados a patrocinar pesquisas científicas de ponta e projetos sociais no Brasil. A Aasdap é responsável pela gestão do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra.

Ionice Lorenzoni

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