Professores das redes básica e profissional estudam nos EUA
Professora de língua inglesa no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), em Venâncio Aires (RS), Letícia Pacheco conclui nesta sexta-feira, 21, um curso de inglês na Georgia Tech, em Atlanta, Estados Unidos. “Temos aulas de segunda a quinta-feira durante todo o dia e na sexta-feira participamos de palestras e workshops. Nos finais de semana fazemos visitas culturais”, diz a educadora.
Letícia integra um grupo de 526 professores de inglês das redes públicas da educação básica e profissional selecionados pelo Programa Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI). A formação é intensiva, com duração de seis semanas. As aulas começaram em 13 de janeiro em diversas instituições de ensino superior norte-americanas. O retorno dos professores começa no sábado, 22.
Sobre os conteúdos do curso, a professora informa que as disciplinas incluem cultura, avaliação, fonética e fonologia e uso de ferramentas tecnológicas no ensino da língua inglesa, além de aulas em grupo com pessoas do mundo todo. “Acredito que todos os profissionais deveriam ter experiência no exterior, para entender melhor a cultura dos países onde a língua inglesa é falada e diferenciar valores que são mais ou menos relevantes em determinadas culturas”, diz Patrícia, sobre o período de aprendizado em Atlanta.
Professora de inglês há oito anos, dos quais 2,5 anos no IFSul, Letícia tem 400 alunos. Ela leciona para turmas dos cursos técnicos – integrado e subsequente. É licenciada em letras português/inglês e literatura, tem mestrado em leitura e cognição.
Blogs – Com o retorno ao Brasil marcado para domingo, 23, o professor José Petrúcio Cavalcante conta que as aulas no laboratório de informática foram enriquecedoras. Cada cursista criou um site que será utilizado como ferramenta na escola onde leciona; também foi criado um blog para os educadores compartilharem suas experiências.
Sobre o curso, Petrúcio explica que conheceu técnicas que ajudam a aprimorar todas as habilidades de um estudante de língua inglesa, como falar, ouvir e escrever, que serão aplicadas com seus alunos no Brasil. “Temos aulas de metodologia onde aprendemos novas técnicas para o ensino do inglês e revemos sob um novo olhar outras que já conhecíamos. A experiência aqui é simplesmente fantástica”. O educador diz que volta entusiasmado e que pretende ser um multiplicador do aprendizado que recebeu nessas semanas de qualificação nos Estados Unidos.
Além de frequentar aulas e laboratórios, o educador conta que visitou escolas públicas, museus e pontos turísticos, fez trabalho comunitário para conhecer melhor a cultura local. Morador de Macapá, uma cidade de clima quente, o professor enfrentou frio intenso nas ruas. Nos dias em que nevou, as aulas foram canceladas para garantir a segurança dos estudantes.
Professor da Escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares, de Macapá (AP), Petrúcio ensina inglês para cerca de 400 jovens de 15 a 17 anos, do ensino médio, ligados, segundo o educador, na internet, nos games, facebook, twitter, em tudo o que o conhecimento de inglês favorece o aprendizado e a comunicação. José Petrucio é licenciado em letras/inglês pela Universidade Federal do Amapá, e leciona essa disciplina há 13 anos.
O curso – A capacitação pelo PDPI compreende três modalidades de cursos: desenvolvimento de metodologias, que é dirigido a professores com conhecimentos avançados na língua inglesa; e cursos de aprimoramento em inglês, nos níveis intermediários I e II, para educadores que necessitem melhorar habilidades específicas na língua.
O Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI), do governo federal, que está sob a responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), atende os objetivos de valorizar os profissionais das redes públicas da educação básica e fortalecer o domínio das habilidades linguísticas – compreender, falar, ler e escrever em inglês. São parceiros do PDPI a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e a Comissão Fulbright.
Ionice Lorenzoni