Formação de professores será o foco de universidade do bloco
A Universidade Aberta do Mercosul foi tema de discussão da 48ª reunião de ministros de Educação do bloco, que reuniu representantes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela em Assunção, Paraguai, nesta sexta-feira, 27.
A proposta, que foi apresentada pela primeira vez pelo então ministro Aloizio Mercadante, em 2013, em sua primeira passagem pelo MEC, terá como foco principal a formação de professores.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, que representou o Brasil na reunião, a formação docente representa atualmente um dos maiores desafios na área educacional não apenas do Brasil como também dos demais países.
“No Brasil temos uma grande carência na formação efetiva de professores de português, matemática, física, química e biologia. Temos um grande desafio”, disse. Costa explicou que para aumentar a formação de professores em suas áreas de atuação o Brasil adotou, com a criação da Universidade Aberta do Brasil, um modelo de formação de professores em cursos a distância que atendeu 250 mil professores cursando a primeira ou segunda graduação.
Em junho de 2016 será apresentado projeto para a definição da seleção dos cursos que farão parte do programa, assim como da forma de seleção dos professores dos países participantes.
A inciativa terá a participação da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), que possui escritório de representação em todos os países do bloco.
Além disso, o secretário pediu atenção do setor educacional do Mercosul ao programa de escolas interculturais de fronteira e ao desenvolvimento de atividades educacionais interculturais nestas unidades, com a promoção da formação de professores pelas escolas públicas com um currículo integrado e concebido em conjunto. A representação brasileira também destacou a importância da integração entre os institutos de educação técnica e tecnológica, como mecanismo para integração regional.
O sistema de avaliação também foi tema de discussão. “Falamos sobre a necessidade de avaliações que considerem a realidade do contexto educacional dos países do Mercosul”, enfatizou.
Na educação superior, Costa citou o Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação do Mercosul (Arcu-Sul), que avalia a qualidade e já acreditou 245 cursos em 10 áreas do conhecimento de países membros e associados ao bloco.
Outra iniciativa destacada pelo secretário é o Programa de Mobilidade Acadêmica Regional em Cursos Acreditados (Marca), que facilita a mobilidade de docentes e discentes em sete países da América do Sul.
Assessoria de Comunicação Social
Reunião de ministros do MERCOSUL discute implantação de Universidade Aberta do bloco