Inscrições ao Prêmio Objetivos do Milênio prosseguem até 7 de outubro
Fazer um levantamento dos analfabetos do bairro, identificar os alunos que estão faltando às aulas, juntar livros e montar uma pequena biblioteca em casa são exemplos de atividades que todo estudante pode fazer para ajudar o Brasil a alcançar um dos oito objetivos do milênio (ODM), o da educação de qualidade para todos. Além dessa campanha – permanente e que exige atuação dos governos federal, estadual e municipal, de organizações da sociedade civil, entidades de trabalhadores e empresários, professores e estudantes – o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade (MNCS) promove o Prêmio ODM.
O objetivo do prêmio, em parceria com o governo federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), é reconhecer e valorizar os agentes públicos, ONGs, pessoas ou grupos que realizam ações para a inclusão social, combate à fome e à miséria. A inscrição dessas experiências deve ser feita até 7 de outubro no portal do prêmio ou pelos Correios, para o endereço Escola Nacional de Administração Pública (Enap) – SAIS – Área 2-A – CEP: 70.610-900 – Brasília-DF.
Para participar do prêmio, o interessado deve relatar sua experiência, concluída ou em andamento, sobre um ou mais objetivos do milênio: educação básica e de qualidade; fim da fome e da miséria; igualdade entre sexos e valorização da mulher; redução da mortalidade infantil; melhora da saúde das gestantes; combate à Aids e malária. A educação tem relação com o alcance dos objetivos do milênio firmados em 2000, em Nova Iorque (EUA), pelo Brasil e outros 188 países. Eles assinaram um pacto para priorizar a eliminação da fome e da extrema pobreza até 2015.
Escolas solidárias – A página eletrônica do MNCS apresenta nove atividades relacionadas ao ODM em Icapuí (CE), São Paulo (SP), São Luís (MA), Altamira (PA), Manaus (AM), Tartarugalzinho (AP), Palmas (TO), Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho (PE). Na Escola Horizonte da Cidadania, em Icapuí, voluntários criaram o projeto Ler para viver melhor, que luta para tornar proeficientes na leitura alunos de oito e dez anos, com dificuldade em língua portuguesa. Outro modelo vem da Escola Municipal Moacyr Bacelar Nunes, em São Luís. Alunos e professores criaram um projeto de aulas de capoeira aos sábados, onde só pode participar quem tem freqüência escolar adequada. O primeiro resultado foi a redução da evasão escolar.
Repórter: Ionice Lorenzoni