Escola Aberta não pára nas férias
O Programa Escola Aberta abre os espaços escolares para a integração comunitária em 85 escolas da rede estadual e municipal de educação da região metropolitana de Belo Horizonte (MG), ao promover oficinas de artes e esportes, aproximando os estudantes e as comunidades.
Com o apoio de voluntários, as oficinas têm possibilitado que dezenas de jovens e crianças ocupem as quadras e salas de aula transformadas em espaço de lazer também durante as férias – nos fins de semana, como de costume. Além de atividades recreativas, são oferecidas oficinas de bijuteria, trabalhos em bambu, manicure, bordado, futebol e artes marciais.
O programa está presente em dez municípios da Grande Belo Horizonte, segundo Consuelo Silva, coordenadora do Núcleo de Acompanhamento da Rede pela Paz nas Escolas (Narpe). São 19 mil participantes atendidos no primeiro ano do Escola Aberta, e a estimativa, informa Consuelo, é de ampliar esse número para 25 a 30 mil atendimentos neste segundo ano de execução.
A coordenadora ressalta que, com o envolvimento de alunos e a comunidade em ações educativas, foi possível promover geração de renda e postos de trabalho nessas comunidades. “Novos números indicam, também, uma sensível redução nos casos de violência no ambiente escolar”, afirmou Consuelo Silva.
Histórico - O programa foi lançado em 15 de outubro de 2004, e está sob a coordenação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Conta ainda com apoio dos ministérios da Cultura, do Esporte e do Trabalho e Emprego, organizações não-governamentais, além das secretarias estaduais e municipais de educação que aderirem ao programa.
O objetivo do Escola Aberta é contribuir para a construção da cidadania consciente, responsável e participante, favorecendo a inclusão sociocultural - particularmente do jovem estudante do ensino básico das escolas públicas -, a diminuição da violência e da vulnerabilidade socioeconômica. Pretende, ainda, transformar a escola em um ambiente mais atuante e presente na vida dos jovens e suas comunidades.
Simples e barato - Para a coordenadora do programa Escola Aberta, Natália Duarte, “as escolas e suas comunidades necessitam ultrapassar os muros escolares e estreitar as parcerias. É um desejo recíproco e antigo, agora viabilizado”.
“O Escola Aberta é simples, simpático e barato. O custo médio de cada participante gira em torno de R$ 0,60 a R$ 4,00, dependendo da atividade implementada. É voltado, preferencialmente, para o atendimento da juventude, especialmente de jovens em estado de vulnerabilidade e risco social, na faixa etária de 15 a 24 anos”, disse Natália.
Segundo a coordenadora do programa, comunidades das capitais e regiões metropolitanas com baixos índices de desenvolvimento da juventude já estão sendo atendidas – seis estados e 1.300 escolas, nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. “Nossa meta para 2006 será atender mais 300 escolas nas regiões Norte e Centro-Oeste”.
Informações - Prefeituras interessadas em firmar parcerias com o Escola Aberta podem entrar em contato pelos telefones (61) 2104-8432 (Secad) e (61) 3212-5833 (FNDE).
Repórter: José Leitão