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Educação básica

Governo quer aumentar índice de leitura em 50%

  • Terça-feira, 14 de março de 2006, 05h42
  • Última atualização em Quinta-feira, 17 de maio de 2007, 10h54

Foto: Tereza SobreiraCom a presença de mais de 1.500 dirigentes, profissionais e especialistas em livro e leitura no Brasil, o Fórum PNLL Vivaleitura encerrou suas atividades na Bienal do Livro, em São Paulo, com o lançamento oficial do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). A iniciativa, liderada pelos ministérios da Educação, da Cultura e pela Fundação Biblioteca Nacional, reunirá já em sua primeira edição, entre 2006 e 2008, vários programas, projetos e um calendário anual com atividades dentro e fora do Brasil nesta área.

O evento contou com a participação dos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Gilberto Gil. A versão do plano apresentada ontem, 14, conta com 185 ações cadastradas. O PNLL foi elaborado com a participação de entidades da cadeia produtiva do livro, universidades, bibliotecas, ONGs e governos estaduais e municipais, o que mobilizou cerca de 50 mil lideranças durante quase um ano.

Além da participação da sociedade, os dois ministérios vão submeter o PNLL a uma consulta pública via internet para colher novas sugestões e propostas e estimular a adesão de outros parceiros. A consulta já está disponível na página eletrônica.

Principais metas – Entre as metas do plano até 2008 estão: aumentar o índice nacional de leitura em 50% (de 1,8 para 2,7 livros por habitante/ano); implantar bibliotecas em todos os municípios do país; realizar anualmente pesquisa nacional de leitura; implementar centros e núcleos voltados para pesquisa, estudos e indicadores nas áreas do livro e da leitura; ampliar de 47% para 57% o índice de pessoas, acima de 14 anos e com hábito de leitura, que possuem pelo menos dez livros em casa; aumentar em 10% o índice per capita de livros não didáticos adquiridos, entre outras.

O plano será transformado em uma portaria interministerial a ser assinada em abril, durante a Semana do Livro. Ele é constituído por 20 linhas de ação distribuídas por quatro eixos estratégicos: democratização do acesso; fomento à leitura e formação; valorização da leitura e comunicação; e apoio à economia do livro. O ponto de partida para sua elaboração foi o documento Linhas de Ação para a Política Nacional do Livro, debatida com a sociedade e apresentado no ano passado na Câmara Setorial do Livro e Leitura para fazer cumprir as finalidades da Lei nº 10.753/2003, a Lei do Livro.

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, elogiou a atual política de acesso ao livro. “Nunca se fez tanto pelo livro no país como nos últimos anos.” Para Gil, o PNLL coloca o Brasil no trilho dos países que deram certo. “A sociedade tem hoje uma percepção maior sobre a importância da educação para o Brasil.”

O ministro da Educação, Fernando Haddad, que encerrou o fórum, considera que o plano é de máxima importância para a educação. Segundo Haddad, a cada dia aumenta o entusiasmo da sociedade ao receber novas políticas de leitura. Prova disso é o portal Domínio Público, onde todos têm acesso a obras de autores como Machado de Assis, entre tantos outros, e o Portal de Periódicos da Capes.

“O livro para o ensino médio é a porta de entrada do jovem para a leitura”, disse Haddad ao falar sobre a inédita política de distribuição do livro para o ensino médio já para esse primeiro semestre. “Não há país que tenha se desenvolvido sem uma política séria de leitura”, afirmou.

Repórter: Myrian Pereira

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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