Aulas na nova unidade do Pedro II já começaram
Começaram nesta semana as aulas na nova unidade do Colégio Pedro II, em Niterói. Referência no ensino público no município do Rio de Janeiro, o Pedro II, autarquia federal ligada ao Ministério da Educação, tem agora uma unidade fora da capital do estado – que será inaugurada oficialmente em maio.
Segundo o diretor-geral do colégio, Oscar Halac, o Pedro II caracteriza-se como escola experimental, a única de ensino básico vinculada ao MEC. “Assim, nos sentimos motivados para implementar as políticas educacionais do Ministério da Educação, como colaborar com o plano de expansão de vagas no ensino médio”, afirmou Halac.
A grande meta do colégio, segundo o diretor, é difundir nacionalmente sua experiência educacional. “O Pedro II tem uma pedagogia de ensino que perpassa séculos. São 168 anos de ensino e aprendizado”, destacou. “A comunidade de Niterói recebeu de braços abertos a criação dessa unidade.”
Histórico — Em 1837, o ministro do Império Bernardo Pereira de Vasconcelos apresentou ao regente Pedro de Araújo Lima proposta para a organização do primeiro colégio secundário oficial do Brasil. Pereira de Vasconcelos acreditava que a instrução pública seria melhor do que a particular, que se mostrava inadequada, por ser oferecida em salas precárias e por professores mal preparados.
O colégio, cuja primeira sede foi a da Avenida Marechal Floriano, no Centro do Rio, originou-se do Seminário dos Órfãos de São Pedro, criado em 1739, por Frei de Guadalupe. Teve diversos nomes, como Seminário de São Joaquim e Imperial de São Joaquim, até receber a denominação de Colégio Pedro II. As aulas tiveram início em 25 de março de 1838. Em 1874, o prédio passou por reforma. O salão nobre, inaugurado em 1875, sedia, desde então, solenidades de entrega de diplomas de bacharéis em letras, de doutores em medicina e das turmas de graduados do próprio colégio.
O último ato público de Dom Pedro II, em 14 de novembro de 1889, ocorreu no colégio, quando presidiu concurso para professores de inglês. Nos primeiros tempos republicanos, o colégio passou a se chamar Ginásio Nacional, mas posteriormente retomou o nome atual.
Cristiano Bastos