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Educação básica

O livro é o personagem desta noite

  • Segunda-feira, 13 de novembro de 2006, 15h18
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 11h34

Apaixonado por livros, um pescador de Pirapora (MG), criou um clube de leitura para crianças. Uma professora do interior do Maranhão inventou o projeto Jegue-Livro, que leva obras de literatura às comunidades rurais. E em Marília (SP), os bebês do berçário municipal ouvem histórias e manuseiam livros. Os três projetos integram o grupo de 15 selecionados que concorrem ao Prêmio VivaLeitura 2006, que será entregue nesta segunda-feira, 13, em Brasília.

Promoção dos ministérios da Educação e da Cultura e da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o VivaLeitura tem patrocínio da Fundação Santillana, da Espanha. O prêmio de R$ 75 mil será distribuído aos três vencedores – R$ 25 mil, cada – nas categorias escolas, bibliotecas e pessoas. Os ganhadores serão conhecidos nesta segunda-feira, 13, às 19h, no Memorial JK, durante entrega do prêmio pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Gilberto Gil.

Pescador e feirante em Pirapora, Leonardo da Piedade Diniz Filho criou junto à feira onde vende peixes um clube de leitura para entreter as crianças, enquanto os pais fazem compras. Reuniu livros com amigos e vizinhos e, em pouco tempo, atraiu a atenção de crianças e adolescentes que se tornaram freqüentadores do clube de leitura. Em um ano, Leonardo registrou 607 leitores. Ele concorre na categoria pessoas.

No Maranhão, a 339 quilômetros de São Luís, outra iniciativa entrou no concurso. A formadora de professores Alda Beraldo precisou de jegues, livros e voluntários para fazer funcionar o projeto Jegue-Livro. A cada 15 dias, o acervo de leitura da Casa do Professor, que pertence à Secretaria de Educação de Alto Alegre do Pindaré, vai para uma das 12 comunidades rurais do município. Lá, os diretores das escolas e voluntários promovem atividades de incentivo à leitura. Em pouco mais de um ano, o Jegue-Livro atendeu 6.500 moradores. O projeto concorre na categoria bibliotecas.

E no berçário municipal Mãe Cristina, em Marília (SP), a professora Creuza Prates Galindo Soares misturou fraldas com histórias, contos e poesias no projeto Broto de Leitura. Ela implantou no berçário a leitura para bebês e o manuseio dos livros pelas crianças, além de levar o grupo a uma biblioteca para que conheça a casa onde moram os livros. E não ficou nisso. Toda sexta-feira, cada família leva para casa um livro para as crianças. Quando devolve o livro na segunda-feira, a mãe ou o pai deve relatar a reação do bebê ao ouvir a história. O projeto concorre na categoria escolas.

Sucesso – Na primeira edição, o VivaLeitura recebeu 3.031 projetos de todo o País. A categoria bibliotecas recebeu 161 trabalhos; escolas, 1.351; e pessoas e instituições, 1.519. O comitê VivaLeitura, composto por promotores do evento e parceiros, selecionou 15 finalistas, cinco por categoria. O prêmio tem quatro objetivos: democratizar o acesso à leitura de crianças, jovens e adultos; fomentar a leitura e a formação do cidadão; valorizar o livro e a leitura; apoiar a criação e a produção literárias.

VivaLeitura é o nome dado no Brasil ao Ano Ibero-Americano da Leitura, comemorado em 21 países das Américas e da Europa desde 2005. No Brasil, além do prêmio, os ministérios da Educação e da Cultura instituíram, em 11 de agosto deste ano, o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) como política de Estado, que visa assegurar o acesso ao livro e à leitura a todos os brasileiros e a formar uma sociedade de leitores. O PNLL tem duração de três anos, 2006 a 2008.

Ionice Lorenzoni

 

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