Pará terá educação indígena qualificada
Termo de compromisso firmado na quarta-feira, dia 4, em Belém, estabelece metas para a melhoria da qualidade da educação escolar indígena no Pará. São signatários do compromisso o Ministério da Educação, a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Secretaria de Educação do Pará, 18 secretarias municipais de Educação e as representações dos 32 povos indígenas paraenses. Dados do Censo Escolar de 2006 indicam que o Pará tem 113 escolas indígenas onde estudam 10.334 alunos da educação básica.
De acordo com o coordenador-geral de educação indígena do MEC, Kleber Gesteira, o documento é resultado do diagnóstico feito a partir das reivindicações das comunidades indígenas. Dentre as prioridades estabelecidas para o estado está a criação do Conselho de Educação Indígena do Pará. Formarão o colegiado representantes indígenas de sete regiões do estado, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), da Secretaria de Educação do estado, do MEC, da Funai e das universidades federal (UFPA) e estadual do Pará (UEPA).
O documento também determina a criação de um curso de formação destinado a professores indígenas dos anos iniciais do ensino fundamental. O curso, a ser executado nos próximos quatro anos, será de magistério, nível médio. Haverá aulas presenciais e a distância nas cidades-pólo de Santarém, São Félix do Xingu, Altamira, Belém, Marabá, Oriximiná e Jacareacanga.
Ficou definida a efetivação do projeto que cria cursos técnicos profissionalizantes integrados para os povos mundurucu e tembé. Serão ofertadas as formações em magistério, de agente agroflorestal e na área de saúde. Firmou-se também uma agenda para a construção de escolas e os compromissos com a produção de materiais didáticos e com uma melhor distribuição da merenda escolar.
Juliana Meneses
Republicada com acréscimo de informações