Ministro encontra diretores que venceram
“Uma sala de aula é capaz de mudar uma cidade, é capaz de mudar um país.” Com essa frase, o ministro Fernando Haddad resumiu a importância da presença dos 27 diretores de escolas públicas convidados para participar das festividades do dia Sete de Setembro, em Brasília, que tem como tema A Educação é o Caminho.
Os professores que estão em Brasília vivem realidades diferentes no dia-a-dia, mas o comprometimento e o prazer de ensinar são comuns a todos. Suas escolas são exemplo de uma educação que deu certo, apesar de todas as adversidades, e servem de modelo para comprovar que no Brasil existe educação de qualidade.
“As escolas vão servir de inspiração para o Ministério da Educação e para toda a rede de ensino. Vamos mostrar ao país que a educação pública pode ter qualidade e tem qualidade em muitas cidades, em muitas escolas. Mas, vocês precisam nos ajudar”, pediu o ministro.
O MEC quer ouvir as histórias de sucesso e saber o que dá tão certo nas escolas que pode ser universalizado para o sistema. “Precisamos saber qual o encanto que suas escolas têm, que faz com que as crianças se apaixonem pelo aprendizado, por que se dedicam e têm bom desempenho”, diz Haddad. Para ele, isso vai mudar a vida das crianças a ponto de transformá-las em futuras lideranças do país.
Filha de um marceneiro e uma costureira, na infância foi pedinte nas ruas de Teresina, Piauí, a professora Ruthnéia Veira foi a porta-voz do grupo de diretores no encontro com o ministro Haddad, nesta quinta-feira, 6. Coordenadora da Escola Municipal Casa Meio-Norte, que tem Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 5,6, ela falou do significado de estar em Brasília a convite do ministro. “Este é um convite de reconhecimento. Hoje é o dia de olhar para trás e lembrar de toda a nossa trajetória desde os tempos de aluno na escola pública. E saber que somos vitoriosos na missão que assumimos.”
Ao reproduzir o tema do Dia da Independência — A Educação é o Caminho —, Ruthnéia lembrou que o reconhecimento também aumenta a responsabilidade. “Agora temos a responsabilidade de fazer melhor. O MEC diz que precisamos chegar à nota seis, mas eu sou sonhadora, quero a nota dez”, disse.
Manoela Frade