Últimos dias da Bienal do Livro no RJ
Rio de Janeiro — “Eu não gostava de ler, não tinha muita paciência para isso, não”, diz sem constrangimento Kevin da Silva, 11 anos. A história do aluno da 4ª série da Escola Municipal Pastor Ricardo Parise, do município de São Gonçalo (RJ), começou a mudar quando ele adoeceu e ficou internado. “Não tinha nada para fazer no hospital, então comecei a ler.”
Cercado de lendas e livros no estande do MEC/FNDE na 13a Bienal do Livro, no Pavilhão Azul, Kevin descobriu que a vida é uma grande história. O menino e seus 46 colegas de escola participaram do encontro com o autor Francisco Gregório Filho. Os 42 alunos de ensino fundamental da Escola Lobo da Cunha, do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, também estiveram presentes. As crianças ouviram um conto sobre o nascimento do amor.
A sexta-feira, 21, foi um dia muito agitado nos mais de 900 estandes dos três pavilhões da bienal. Surpreende a quantidade de crianças e adolescentes andando, perguntando, lendo e atenta a tudo. Na busca por democratizar o acesso à leitura, o evento deve atingir um público estimado em 600 mil pessoas no final de semana.
Programação — Neste sábado, 22, o Espaço da Leitura do MEC/FNDE, tem a seguinte programação: 10h30 − oficina de ilustração com Guto Lins; 13h − o autor Eucanãa Ferraz comenta o amor na obra de Vinícius de Morais; 15h − Heloísa Prieto fala sobre Rotas Fantásticas; 16h − a atriz Benita Prieto conta histórias ao público. No domingo, 23, último dia do evento, as atividades no estande começam às 10h30, com a oficina de encadernação de livros; 13h − encontro com Pedro Bandeira, autor de A marca de uma lágrima; 15h − Eliane Ganem fala sobre o outro lado do tabuleiro; 16h − Benita Prieto encerra o dia contando histórias.
Hellen Falone