Música e alimentação: experiências premiadas
A partir da música, a professora Maria Auxiliadora de Oliveira, da escola Marechal Cândido Marino da Silva Rondon, de Várzea Grande (MT), desenvolveu o projeto Cor e som: Há vida em suas mãos. A experiência foi uma das vencedoras da segunda edição do Prêmio Professores do Brasil.
Durante a manufatura de lembranças para os dias das mães, a professora colocou a música Mãe, dos cantores sertanejos Rick e Renner, para os alunos ouvirem. “Muitas crianças choravam e percebi que elas ficaram atentas à letra também”, conta. A partir dessa observação, a educadora introduziu a música no dia-a-dia da sala de aula de seus 45 alunos da 2ª série do ensino fundamental.
As crianças ficaram mais atentas, mais criativas e a gritaria entre os alunos diminuiu, relata a professora, “já que eles precisavam ficar quietos para escutar as músicas”. Os pais se envolveram no projeto, pois as crianças chegavam em casa cantando. “Isso levou a prática pedagógica para a família”, relata Maria Auxiliadora. A escola acabou por alugar um videokê para a festa dos pais, o que foi um sucesso.
No final do ano, a turma produziu um livro e um DVD com as músicas trabalhadas durante o projeto Cor e som: Há vida em suas mãos.
Alimentação – A paranaense Sandra Cristina Vogel Rissi percebeu que seus alunos da 1ª à 4ª série da escola Papa João Paulo II, no município de Arapongas (PR), variavam muito de peso. “Uns eram muito magros e outros eram muito gordinhos”, conta. “Em geral, todos comiam mal no horário do intervalo.” A professora passou a ensinar hábitos de boa alimentação com o projeto Alimentação e Educação: Formando a nova geração, outra experiência selecionada pelo Prêmio Professores do Brasil.
A turma plantou uma horta no quintal da escola e passou a se interessar pelas verduras. Cristina levou os alunos ao supermercado e deixou que eles entrassem em contato com os alimentos. Ela também recorreu à nutricionista do município, que elaborou um cardápio balanceado para as crianças. “Hoje elas preferem as frutas aos chips e tomam mais suco que refrigerante”, relata. Segundo a professora, os alunos cobraram bons hábitos alimentares dos pais e muitos mudaram sua alimentação.
Ana Guimarães