Formação do professor preocupa educadores
Na Baixada Santista, a formação de professores preocupa dirigentes municipais de educação. Representantes de Santos, Praia Grande e São Vicente apontam a solução do problema como condição capaz de elevar a qualidade da educação básica na região. Nesta quinta-feira, 21, eles participaram das atividades da 5ª Reunião do Grupo de Trabalho das Capitais e Grandes Cidades, no Hotel Nacional, em Brasília.
No ano passado, o Instituto de Pesquisas A Tribuna (Ipat) ouviu professores nas nove cidades que compõem a Baixada. “Eles atribuem as falhas no processo educativo a vários fatores, mas parecem não admitir que são parte integrante da educação e que também estão cometendo erros”, explicou a secretária de Educação de Praia Grande, Maura Lígia Costa Ramos. “Eles precisam estar preparados para o dia-a-dia da escola pública, espaço no qual crianças e jovens expressam seus problemas e necessidades”, defendeu a titular da secretaria de Santos, Maria José Marques.
A questão foi levantada no momento da elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR) nos municípios. O grupo de trabalho reúne dirigentes educacionais de capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes. Eles discutem a elaboração do PAR, que traça um perfil das redes de ensino. Com base no diagnóstico, ocorre a articulação com o Ministério da Educação para sanar as principais carências de cada município.
As 109 cidades representadas no encontro devem apresentar seus planos de ação o mais brevemente possível. Como 2008 é ano de eleições municipais, o planejamento das atividades deve prever a suspensão de repasses no período do pleito. “Com a elaboração do PAR, o ministério age não só com o aporte de recursos, mas com assistência técnica, apoio e interlocução com especialistas”, ressaltou a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.
Para a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Maria de Salete Silva, a mudança na atuação dos dirigentes de educação é um dos principais desafios do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). “Os secretários ficam muito envolvidos com questões como a merenda escolar, a reforma das escolas e, na maior parte das vezes, não têm tempo de pensar na qualidade do ensino”, salientou.
Ana Guimarães
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