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Educação superior

SBPC discute formação de professores

  • Terça-feira, 15 de julho de 2008, 14h54
  • Última atualização em Quinta-feira, 17 de julho de 2008, 05h56

Formação de Professores de Ciências para o Ensino Médio. Este foi o tema da mesa-redonda realizada na segunda-feira, 14, segundo dia da 60° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Campinas. O diretor de Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior da (Capes), Dilvo Ristoff, participou do debate.

No evento, Ristoff apresentou a nova Capes e discutiu o ensino de física, química e biologia dentro dos desafios, quantitativos e qualitativos, que enfrenta o ensino médio brasileiro, como espaço de identificação de talentos para as ciências e espaço de preparação de estudantes para que dêem continuidade a seus estudos na graduação. Participaram da mesa, além do diretor da Capes, o professor Antonio Ibañez Ruiz, representante do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e a professora Myriam Krasilchik, da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o diretor da Capes, existe “um apartheid” que separa o campus da escola, a graduação do ensino básico e, por conseqüência, os professores das licenciaturas dos professores das disciplinas do ensino médio. Estes professores, que deveriam estar próximos uns dos outros, não só pertencem a sistemas de ensino distintos, autônomos e que se declaram auto-suficientes, dificilmente se encontram em algum evento acadêmico ou científico e raramente se comunicam. Nessas condições, a formação do professor nas licenciaturas não acontece para atender as necessidades da escola.

“O que se forma é o químico e não o professor de química; o físico e não o professor de física; o biólogo e não o professor de biologia. Enquanto este apartheid continuar, a formação do professor continuará sendo um rótulo, um título sem conexão com as demandas da escola”, afirmou Ristoff.

Expansão — A formação de professores está sendo especialmente estimulada no setor público, principalmente em nível federal, como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), os institutos federais de educação, ciência e tecnológica (Ifets) e a Universidade Aberta do Brasil (UAB). São investimentos expressivos que vão promover uma expansão significativa na formação de professores.

Estes esforços, combinados com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o piso salarial, os programas de fomento da Capes — Pibid, Prodocência, Observatório da Educação, Escolas Parceiras e outros — permitirão que o Brasil, em dez anos, consiga pagar a dívida que tem com a educação básica, tornando a formação de professores para este nível de ensino uma questão de estado, que ultrapassa governos.

“Quando tivermos pago essa dívida educacional, o Brasil estará pronto para assumir o seu papel entre os líderes mundiais nas artes, nas ciências e nas tecnologias de ponta”, salienta Ristoff.

Nesta quarta-feira, 16, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, participará de mesa-redonda com o tema Ciência na Escola. Todos os debates fazem parte da 60º Reunião da SBPC.

Assessoria de Imprensa da Capes

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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