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Educação superior

Assume o reitor pro tempore da UFABC

  • Quarta-feira, 13 de agosto de 2008, 14h27
  • Última atualização em Sexta-feira, 15 de agosto de 2008, 13h00

Ao dar posse nesta quarta-feira, 13, ao reitor pro tempore da Universidade Federal do ABC (UFABC), Adalberto Fazzio, o ministro da Educação, Fernando Haddad, lembrou que a universidade é, a um só tempo, da região do ABC paulista, onde vai interagir com a sociedade local e com os empresários, mas também responde por uma visão inovadora da educação superior.

Para Haddad, com a UFABC, o governo federal deu a partida para modificar a realidade da educação superior pública em São Paulo. Junto com a expansão do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do estado e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 20 cidades da região serão beneficiadas por “um anel universitário”. A universidade do ABC, segundo o ministro, se destaca pelo projeto pedagógico “que é inovador e serve de paradigma para outras universidades públicas”.

Ao novo reitor pro-tempore, Haddad prometeu toda a atenção do MEC e recursos para que a instituição se estabeleça. Ele terá que concluir o estatuto da instituição, preparar a primeira eleição de reitor, dar andamento às obras da sede e iniciar o campus de São Bernardo. Físico, Adalberto Fazzio disse que mesmo que a UFABC seja um grão de areia entre as instituições que formam professores, ele se comprometeu a concluir o projeto de licenciaturas  iniciado pelo ex-reitor Luiz Beviláqua. Segundo Fazzio, o mundo acadêmico começou a se preocupar há pouco tempo com a falta de professores da educação básica, e citou um dado: nos últimos 25 anos, as universidades formaram 12 mil doutores em física, mas apenas 15 mil professores na área.

A UFABC tem 100% dos professores com doutorado, e se diferencia de outras universidades públicas por seu foco em ciência e tecnologia e no projeto pedagógico. Todo aluno que ingressa na instituição faz um módulo básico com as disciplinas de sociologia, ética, filosofia e história da ciência. As engenharias também fogem do modelo brasileiro, são voltadas para a inovação, entre elas, as engenharias aeroespacial, automação e robótica, bioenergia, ambiental e urbana. A universidade tem hoje dois mil alunos fazendo o módulo básico.

O conselho universitário da UFABC aprovou outra novidade. A criação do Instituto de Cognição, que é um núcleo de estudos das ciências do cérebro, área prioritária da pesquisa em todo o mundo. O ex-reitor pro tempore Luiz Beviláqua será o coordenador do instituto.

A universidade tem hoje seis bacharelados: ciência e tecnologia, ciências da computação, matemática, física, química e biologia; quatro licenciaturas: matemática, química, física e biologia; oito engenharias: engenharia aeroespacial, ambiental e urbana, bioengenharia, engenharia de gestão, engenharia de materiais, engenharia de informação, engenharia de instrumentação, automação e robótica, engenharia de energia; e pós-graduação em sete áreas: nanociências e materiais avançados, matemática, engenharia de informação, energia, química, física e ciência e tecnologia. O ingresso de todas as carreiras é no bacharelado de ciência e tecnologia, que tem duração de três anos. A partir daí, o estudante faz a opção para o curso.

Universidade — Com sede em Santo André (SP), a UFABC foi criada pela Lei nº 11.145, de 26 de julho de 2005. De um complexo de prédios, hoje tem pronto um bloco com os laboratórios de pesquisa e ensino, laboratório de informática, salas dos professores e de aula e secretaria para os alunos. Todas as obras deverão estar concluídas em 2010, quando terá capacidade para receber entre nove e dez mil alunos e 500 professores.

Ionice Lorenzoni

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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