Univasf leva progresso ao Semi-Árido
Petrolina (PE) — A chegada da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) mudou a rotina das cidades de Petrolina, no extremo oeste de Pernambuco, Juazeiro, na Bahia, e São Raimundo Nonato, no Piauí. Entre técnicos e funcionários, a instituição, que funciona nos três estados, já gerou 386 empregos diretos. A maior parte das vagas foi destinada aos professores — no total, 229. Profissionais oriundos de várias regiões ajudam a movimentar o comércio e, aos poucos, levam uma nova cultura às cidades nas quais estão instalados os campi.
A primeira etapa da universidade será inaugurada nesta quinta-feira, dia 4, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, às 14h. A instituição já atende 2,6 mil alunos. Pelas expectativas, em 2010 esse número subirá para 4,1 mil. Aproximadamente três mil pessoas, entre estudantes, técnicos e professores já são diretamente beneficiados.
“Para mim, mudou muito”, diz a técnica administrativa Vanessa Lemos, desempregada antes da implantação da universidade. Ela está agora entre os 157 servidores concursados. Moradora de Petrolina há 17 anos, Vanessa acompanhou as mudanças que ocorreram na cidade. “Antes, só se ouvia falar em Petrolina por causa da agricultura; hoje, o município é um pólo educacional”, comemora.
Como não havia instituição pública de educação superior na região, os estudantes precisavam deixar a cidade de origem em busca de formação. Assim, quem não podia arcar com os custos de morar fora não fazia graduação. O marido de Vanessa é estudante do curso de engenharia elétrica. “Ele não tinha formação porque não podíamos pagar por uma instituição particular”, conta. Para Vanessa, mãe de dois filhos — um de cinco anos e outro de três —, a instituição traz uma perspectiva alentadora.
Ana Guimarães