Doutorando diz que modelos de governança são bem avaliados
Modelos de governança de tecnologia da informação (TI) utilizados nas universidades brasileiras têm tido boa avaliação de organismos internacionais. A constatação é de Isaias Scalabrin Bianchi, bolsista de doutorado pleno no exterior pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A partir dos estudos realizados no curso de doutorado em Tecnologia e Sistemas de Informação da Universidade do Minho, em Portugal, o pesquisador brasileiro tem participado de grupos de pesquisa internacionais sobre o tema.
“Um dos fatores que chamam a atenção durante as reuniões é que os professores ficam sempre muito entusiasmados em conhecer um pouco sobre os modelos adotados pelas universidades brasileiras”, conta Isaias. “No Brasil, temos modelos de referência da área de TI, e é gratificante perceber que estamos com um nível similar ou muitas vezes superior em relação a muitas universidades de topo.”
Ao apresentar seu projeto na European Conference on Information System, na Turquia, o pesquisador brasileiro foi convidado pelo tutor do grupo, o professor Jos van Hillegesberg, para integrar um outro projeto, sobre governança de TI, na Universidade de Twente, da Holanda. “A parte da minha pesquisa está vindo a complementar o projeto, pois, como realizei estudos de casos em universidades brasileiras, esses resultados estão sendo discutidos e comparados à realidade holandesa”, complementa.
Motivação –A exemplo de muitos doutorandos brasileiros no exterior, Isaias tem sua pesquisa conectada ao trabalho que desenvolve no país – ele é técnico de TI na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “A proximidade com a área e a possibilidade de estudar algo que pudesse ser aplicado a minha realidade foi a principal motivação”, diz. “Sempre procuro apresentar a universidade em que trabalho e um pouco da cidade de Florianópolis, a fim de mostrar o quanto avançados somos em várias áreas e as tecnologias que exportamos. Percebe-se claramente o grande interesse em realização de parcerias para pesquisa e acordos de cooperação para intercâmbio de estudantes, isso é muito gratificante.”
O doutorando acredita que o conhecimento gerado pela pesquisa no exterior pode gerar impactos positivos no país e, mais especificamente, no sistema educacional brasileiro. “Quero ajudar as instituições de educação superior no processo de adoção de novas tecnologias que tenham impacto nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como contribuir para novos acordos de cooperação técnico-científica internacional entre universidades. Também espero compartilhar as minhas experiências com outros estudantes. Durante esse período tenho feito isso, interagindo com amigos e colegas de trabalho.”
Em sua avaliação, a diversidade permitida pelo estudo no exterior possibilita maior aplicabilidade da pesquisa. “O doutorado fora do país oferece o conhecimento de diferentes modelos de universidades, com ênfase mais em pesquisa ou com foco mais no ensino. Isso permite ampliar a visão sobre a educação superior e identificar os pontos fortes de cada modelo para aplicar no Brasil.”
Pleno – Interessados em participar do Programa de Doutorado Pleno no Exterior podem fazer suas inscrições na Capes até 14 de outubro. Serão concedidas até 200 bolsas, com início de julho a novembro de 2017. Edital com o novo cronograma está disponível. As inscrições devem ser feitas por meio eletrônico, com os documentos e informações requeridos no edital. O resultado está previsto para maio de 2017.
Assessoria de Comunicação Social