Médicos do Norte e Nordeste terão curso a distância
Médicos residentes nas regiões Norte e Nordeste terão à disposição, a partir de setembro, ensino livre com tecnologia a distância em seis áreas do conhecimento. O programa do Ministério da Educação, em parceria com instituições federais de ensino superior, pretende atender dez mil residentes em clínica médica, cirurgia, obstetrícia e ginecologia, pediatria, saúde da família, ética e bioética.
Com 120 horas de duração, os cursos serão oferecidos, inicialmente, em 19 pontos de transmissão selecionados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), órgão da Secretaria de Educação Superior. Os conteúdos de cada especialidade serão transmitidos em simpósios e palestras. Os pontos, informa o presidente da comissão, Antônio Carlos Lopes, são formados por universidades federais que têm hospital universitário, programas de residência médica e número expressivo de residentes.
A pedido do Ministério da Defesa, as áreas de fronteira e de difícil acesso terão quatro pontos de transmissão. No início de 2006, a CNRM vai estender o ensino livre a todas as universidades que tenham a infra-estrutura exigida pelo programa. A intenção, diz o presidente, é atender residentes em todas as regiões do país.
A oferta do ensino livre, explica Antônio Carlos Lopes, tem como objetivos socializar os conhecimentos hoje concentrados nos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, aprimorar os conteúdos teóricos, reduzir o número de deslocamentos para cursos e congressos durante a residência médica. O público-alvo do programa são os residentes, mas os médicos que trabalham nas regiões Norte e Nordeste também terão acesso aos conteúdos.
Repórter: Ionice Lorenzoni