Medicina esportiva terá programa de residência
Esportistas de todas as categorias terão à disposição, no prazo de três a quatro anos, médicos capacitados para avaliar e tratar as complicações mais graves na área das atividades físicas profissionais e amadoras. É isso o que pretende a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), órgão da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), com a criação do Programa de Residência Médica em Medicina Esportiva.
Com duração de três anos e carga de 7.488 horas, o programa vai formar médicos capazes de diagnosticar de forma científica as complicações causadas pela atividade esportiva, interpretar exames, indicar tratamentos e prevenir. Outra função deste especialista, explica o presidente da comissão, Antônio Carlos Lopes, será orientar esportes de alto rendimento e atividades físicas de crianças, jovens, adultos, idosos e portadores de necessidades especiais.
“O campo de trabalho é amplo e carente de profissionais qualificados”, diz. A Resolução da CNRM nº 9/2005, que criou o programa, diz que a instituição de ensino superior que oferecer residência médica em medicina esportiva poderá firmar convênios com clubes desportivos, para uso da infra-estrutura necessária à oferta do curso. Essa infra-estrutura é uma das condições para o credenciamento da instituição.
Abrangência – Dados da Comissão Nacional de Residência Médica indicam que o país tem 360 instituições de ensino superior, públicas e privadas, que oferecem mais de 2.600 programas de residência médica nas 53 especialidades reconhecidas. Essas instituições são responsáveis pela abertura de cerca de 22 mil vagas.
Os programas de residência no Brasil têm duração entre dois e cinco anos. As instituições de ensino superior que oferecem residência médica concentram-se nas capitais, com exceção do estado de São Paulo. Por região, as instituições estão assim distribuídas: Sudeste, 50,8%; Sul, 18%; Nordeste, 18,5%; Centro-Oeste, 8,8%; e Norte, 3,9%.
Repórter: Ionice Lorenzoni