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Educação superior

Reitor da UFBA fala do sistema de cotas nos EUA

  • Quinta-feira, 06 de outubro de 2005, 16h34
  • Última atualização em Terça-feira, 15 de maio de 2007, 09h28

Ação afirmativa no Brasil: o sistema de cotas da Universidade Federal da Bahia é o tema que o reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho, vai apresentar nesta sexta-feira, 7, em conferência na Universidade da Califórnia, em Berkeley, Estados Unidos.

O reitor, que está em San Francisco, pretende negociar um convênio de bolsas de permanência e intercâmbio para os alunos cotistas da Federal da Bahia – que mantém 123 alunos de graduação em universidades estrangeiras conveniadas.

Almeida Filho apresentou o sistema de cotas da UFBA recentemente ao ministro da Educação, Fernando Haddad. O recorte de cotas para estudantes de escolas públicas com fração étnica serviu de modelo para o capítulo de políticas afirmativas que integra o anteprojeto de lei da educação superior, que tramita no Congresso.

Nos anos 60, a cidade de Berkeley foi palco de violentos protestos, que resultaram, entre outros efeitos, na adoção de ações afirmativas nas universidades dos EUA. Agora, a academia americana promove nova abertura para candidatos multiculturais por meio de sistemas de reserva de vagas. Por isso, pretende avaliar as ações desenvolvidas no Brasil e a experiência baiana.

O programa de cotas da UFBA – Segundo explicou o pró-reitor de Graduação, Maerbal Marinho Bittencourt, coordenador do grupo de trabalho que elaborou a proposta, o estudante não se inscreve como cotista ou não-cotista no vestibular. Ele apenas declara a sua origem escolar e como se identifica etnicamente. A reserva ocorre da seguinte forma: 45% das vagas de cada curso são destinadas, preferencialmente, aos estudantes oriundos de escolas públicas, e outros 2% aos declarados índios e descendentes. Dos 43% restantes, 85% são dos estudantes pretos ou pardos e o resto, dos brancos.

“Todos os candidatos concorrem com o mesmo critério de seleção, sendo que a média geral é da ordem de 40% do total da pontuação máxima”, explicou Bittencourt. “Deu muito trabalho, mas está funcionando bem.” Segundo o professor, o novo sistema foi aplicado no vestibular de 2005 e a média não baixou. “Um outro detalhe é que a diferença de média entre cotistas e não-cotistas é pequena.” Das quatro mil vagas oferecidas, 1,8 mil foram reservadas, mas somente 784 candidatos precisaram utilizar o sistema.

Repórter: Sonia Jacinto

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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