Greve acaba em mais três instituições
Professores de três outras instituições de ensino superior – Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio de Janeiro e universidades federais de Ouro Preto (Ufop) e Mato Grosso (UFMT) – voltaram ao trabalho. Os professores da Ufop aderiram à greve em 12 de setembro e ontem, 12, em assembléia, decretaram seu encerramento sem votos contrários.
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Ufop decidiu que o calendário acadêmico começará no dia 16 de janeiro de 2006. O período para requerimento e ajustes de matrícula será de 19 a 23 de dezembro. A Ufop oferece 28 cursos de graduação, tem 22 departamentos e sete unidades acadêmicas, entre elas o Centro de Educação Aberta e a Distância, que possui 13 pólos, em convênios com prefeituras municipais. Tem quatro campi, 335 professores, 641 funcionários, 8.289 alunos na graduação, entre eles, 3.617 na modalidade a distância e 250 na pós-graduação. Mais detalhes estão na página eletrônica da Ufop.
Mato Grosso – “Houve uma assembléia ontem e os professores decidiram voltar às aulas na segunda-feira, 19”, afirmou o reitor da UFMT, Paulo Speller. Segundo ele, por causa da greve, houve grande atraso do calendário escolar, que agora será refeito. “O vestibular já foi realizado”, explicou.
A UFMT comemora esta semana 35 anos com implantação de três campi em Mato Grosso: Rondonópolis (sul), Pontal do Araguaia (leste) e Sinop (norte). Oferece 63 cursos de graduação e pós-graduação, além de 12 mestrados, um doutorado e 38 especializações. Já formou mais de 38 mil profissionais.
Mato Grosso do Sul – O campus de Dourados, único da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) que estava em greve, volta à normalidade amanhã, 14. Também já decidiram acabar com a greve docentes das federais de Santa Catarina, Juiz de Fora, Ceará, Santa Catarina e São Paulo e mais o campus de Catalão da Universidade Federal de Goiás.
As propostas do MEC para os docentes estão no projeto de lei (PL) que prevê investir R$ 650 milhões a mais na folha de pagamento dos docentes em 2006. O PL estima a criação da categoria de professor associado e concede a todos reajuste médio de 9,25%, já a partir de janeiro. Pelo projeto, os professores com mestrado, doutorado ou especialização receberão aumento de 50% no valor pago por sua titulação. Está prevista, ainda, a continuidade no processo de equiparação da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) para ativos e aposentados.
Repórter: Susan Faria