Especialistas discutem o curso de administração
Dirigentes do Ministério da Educação, da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad) e do Conselho Federal de Administração (CFA) reúnem-se na quinta-feira, dia 26, às 10h, na Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), para concluir relatório sobre o curso de bacharelado em administração, com as principais recomendações para o setor. O curso de bacharelado em administração é o mais numeroso do país. São 640.724 alunos, 15,4% de todos os universitários, segundo o censo da educação superior de 2004, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).
Do total de 18.644 cursos de graduação no Brasil, 2.046 são de administração, dos quais 221 oferecidos por universidades públicas e 1.825 pelas particulares. Em 1991, havia 333 cursos. O crescimento foi de 614% em pouco mais de uma década. Na semana passada, o relatório preliminar do grupo de trabalho criado em 2004 para discutir e consolidar os parâmetros para análise de pedidos de autorização e de reconhecimento dos cursos de administração foi entregue ao ministro da Educação, Fernando Haddad. O documento estará disponível, em breve, na internet.
O relatório orienta as instituições de ensino superior sobre as tendências no ensino de administração a partir das mudanças na legislação educacional. O aprofundamento em áreas específicas, na pós-graduação, é uma das recomendações. “O documento tem análise ampla, uma revisão da área, que apresenta sugestões para melhoria, autorização e reconhecimento dos cursos”, diz Orlando Pilati, coordenador-geral de acreditação de cursos em instituições de ensino superior do MEC.
Formação — O relatório aponta a necessidade de se resgatar o foco do curso, voltado para uma formação generalista, com base de conhecimentos da ciência administrativa. “As instituições têm dúvidas na aplicação das diretrizes nacionais curriculares para o curso de administração, que estão na Resolução nº 4, de 13 de julho de 2005, do Conselho Nacional de Educação. O relatório dá as orientações”, explicou Heloiza Henê Marinho da Silva, coordenadora-geral de regulação da educação superior do MEC.
Entre os itens que devem ser avaliados nos pedidos de autorização para criação de cursos estão corpo docente; organização didático-pedagógica; contexto institucional e necessidade social; bibliotecas; laboratórios e resultado das instituições de ensino nas avaliações oficiais.
Repórter: Súsan Faria