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Educação superior

Projeto Rondon enfrenta desafios em Manaquiri

  • Sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006, 10h59
  • Última atualização em Quinta-feira, 17 de maio de 2007, 10h03

A equipe do Projeto Rondon que desembarcou em Manaquiri, Amazonas, tem pela frente o desafio de encontrar soluções para o lixo, depositado a céu aberto, e alternativas de incentivo ao turismo, além de planejar ações de cooperativismo e melhorar a comercialização dos produtos da região. O município é um dos principais produtores de açaí e cupuaçu, mas os agricultores vendem o saco do produto a R$ 4,00, enquanto no mercado, fora da cidade, o preço de cada fruta chega a quadruplicar.

Outro grande problema do município são os urubus. Eles passeiam pelos quintais como aves domésticas e já não se assustam com a proximidade dos moradores. “Temos de promover a gestão do lixo, separar orgânicos de não-orgânicos”, recomendou o estudante de química Fábio Lima, do Centro Universitário do Norte (UniNorte). “Esse lixão é um verdadeiro veneno para o solo.”

O prefeito Jair Aguiar Souto afirma estar lutando para melhorar as condições de vida da população. Em um ano, segundo ele, os casos de malária na cidade diminuíram de 18 mil para dois mil. “Eu visito casa por casa e entrego o comprimido nas mãos das pessoas. Eles costumam jogar fora porque o remédio causa dor de estômago. Por isso, eu não saio enquanto eles não tomam o remédio”, disse.

Bancos — O prefeito queixou-se da falta de bancos na cidade. “Como um município vai se desenvolver sem uma agência bancária?”, questiona. Em Manaquiri há o banco postal, mas uma pesquisa feita entre os comerciantes constatou que eles preferem guardar o dinheiro em casa ou até enterrá-lo no quintal.

Dentre outros problemas da região, os 17 rondonistas mapearam falta de saneamento básico e esgoto a céu aberto, dejetos das casas (palafitas) despejados diretamente no Rio Jaraqui e crianças que brincam descalças no local. Há moradores que vivem isolados em plena selva amazônica e algumas comunidades ficam a quilômetros do centro da cidade.

Os rondonistas pretendem capacitar agentes e líderes comunitários na região. Eles prestaram atendimento aos ribeirinhos e os alertaram sobre os problemas com verminoses e doenças endêmicas. Os estudantes também realizam palestras sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e oficinas sobre questões ambientais, de saúde e saneamento.

Repórter: Sonia Jacinto

 

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