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Educação superior

Rondonistas são recebidos com festa em Minas Gerais

  • Quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006, 14h54
  • Última atualização em Quinta-feira, 17 de maio de 2007, 10h12

Gouveia, município de 12.700 habitantes, a 250 quilômetros de Belo Horizonte (MG), está recebendo 17 estudantes e professores do Projeto Rondon com faixas de boas-vindas e muita receptividade. Os rondonistas, divididos em duas equipes, desenvolvem ações de saúde e bem-estar e de gestão pública e desenvolvimento social. A Operação Minas Gerais do Rondon começou na segunda-feira, 13, e continua até o próximo dia 24, em 19 cidades mineiras do Vale do Jequitinhonha.

Os 13 estudantes e quatro professores vieram de Araxá (MG). Viajaram 700 quilômetros para fazer ações voluntárias e conhecer uma realidade que extrapola o dia-a-dia da universidade. Estudantes de pedagogia e direito fazem pesquisa de campo para traçar o mapa do analfabetismo na cidade. Vão de casa em casa com um questionário de 30 perguntas. Querem saber, por exemplo, quantos livros existem no domicilio, as condições de higiene, dados de aprendizagem escolar e acesso a meios de comunicação.

Joana Aparecida de Oliveira, 44 anos, professora da rede municipal de Araxá e estudante de pedagogia da Uniaraxá, deixou o marido, duas filhas e uma neta para participar do Rondon. “É importante ter esse conhecimento, vivenciar tudo. Dou um pouco do que sei e levo muita experiência”, diz. Joana encontrou dona Maria de Jesus Oliveira, 51 anos, moradora do bairro Serrinha, cujo marido é analfabeto. Dona Maria ganha a vida capinando roças e buscando esterco para a venda na cidade. “Fiquei impressionada com a humildade da família e com a decisão do marido de dona Maria de achar que já passou da hora de aprender a ler e a escrever”, explicou.

Valores – “O Projeto Rondon dá condições para professores e alunos sentirem a realidade de perto”, observa a professora Cláudia Maria Fontes, 45 anos, que trabalha com o Projeto de Educação de Jovens e Adultos na Uniaraxá. Nesta quarta-feira, 15, à noite, Cláudia realizará uma oficina com as professoras da rede municipal e estadual em Gouveia sobre o trabalho educacional que está sendo feito pelos rondonistas. “Vamos fazer um relatório com textos e gráficos apontando o resultado da pesquisa e apresentar ao prefeito de Gouveia e aos ministérios da Educação e da Defesa”, afirma.

Na maioria das casas visitadas pelos rondonistas, eles são convidados a entrar, tomar cafezinho e até a almoçar. A receptividade facilita o trabalho. “Estávamos precisando de uma visita como esta. Os rondonistas agregam valores e atingem áreas com mais deficiência no município”, destaca o secretário de Turismo de Gouveia, Agnal José Veloso. Na entrada da cidade, há várias faixas no alto da rua, com dizeres como “Gouveia recebe com alegria a equipe do Rondon”. Entre os problemas do município está a falta de lazer para os jovens, além do alto consumo de álcool e de drogas, tema que os rondonistas estão discutindo com a comunidade.

A Operação Minas Gerais do Rondon está sendo feita por 256 rondonistas de 15 universidades mineiras, públicas e particulares. O projeto é realizado pelo Ministério da Defesa em parceria com o MEC e tem o apoio de empresas estatais, como a Caixa e a Petrobrás.

Repórter: Súsan Faria

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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