UFSC forma idosos para melhorar o convívio social
A terceira idade é vista por muitas pessoas como uma fase problemática da vida. Doenças, discriminação e falta de atividades são reclamações comuns dos idosos. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolve um projeto de extensão que oferece cursos para idosos com o objetivo de melhorar a sociabilidade de pessoas com mais de 50 anos.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC, Ângela Maria Alvarez, a idéia é integrar professores, alunos de graduação e de pós-graduação para promover o envelhecimento saudável e inserir o idoso na sociedade por meio de cursos. “Formamos monitores para atuarem em asilos, damos apoio a familiares e pacientes com mal de Parkinson e mal de Alzheimer e formamos grupos que estimulam o resgate da auto-estima do idoso”, enumerou.
A iniciativa da UFSC recebe recursos do Programa de Apoio à Extensão Universitária (Proext), do Ministério da Educação. Há três anos, o programa distribui verba para universidades públicas que desenvolvam projetos de inclusão social. Foram financiados 130 projetos de 49 instituições federais e 16 estaduais. Para este ano, o programa vai investir R$ 6 milhões em projetos de extensão.
O trabalho do Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC recebeu R$ 80 mil do Proext. A cada ano, mais de mil alunos com mais de 50 anos se inscrevem nos cursos da universidade, que envolvem os departamentos de enfermagem, educação física, psicologia, antropologia, educação, direito, nutrição e informática.
Segundo Ângela Maria Alvarez, os cursos são gratuitos e oferecidos para idosos com qualquer grau de escolaridade. “Nossa proposta é formar monitores que depois funcionem como multiplicadores em outras comunidades, seguindo o propósito de promover o envelhecimento saudável e a inserção do idoso na sociedade”, explicou.
Repórter: Flavia Nery