UFMT cria escola para combater criminalidade
Uma iniciativa inédita une a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado e o Ministério da Justiça. As três instituições assinaram convênio, na última terça-feira, dia 28, que prevê a criação de uma escola de capacitação para policiais comunitários. O objetivo é formar policiais civis, militares e bombeiros para combater a criminalidade no campus universitário e nos bairros vizinhos.
“Como em toda universidade, aqui, também, há tráfico e consumo de drogas, assim como furto de patrimônio público e privado e tentativas de estupro. A intenção é garantir a segurança de professores, alunos e demais freqüentadores do campus”, afirmou o professor Naldson Ramos, coordenador do Núcleo Interinstitucional de Estudos sobre Violência e Cidadania.
Na semana passada, o núcleo promoveu uma oficina para sensibilizar professores, funcionários e estudantes em relação à importância do trabalho de policiamento dentro do campus e evitar possíveis conflitos. A partir deste sábado, dia 1º, 30 policiais militares (15 homens e 15 mulheres) vigiarão as dependências da UFMT. Em 12 horas de treinamento, eles aprenderam como funciona o campus, quais os principais crimes cometidos ali e como abordar alguém em atitude suspeita ou que tenha cometido algum delito.
Lideranças — No futuro, a escola pretende formar lideranças comunitárias e promover cursos de aperfeiçoamento e especialização para policiais. A finalidade é repassar o conhecimento a toda a Região Centro-Oeste e atender, também, profissionais de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
“Se a experiência for bem-sucedida aqui, pode ser reproduzida nas outras regiões. Os policiais, quando retornarem aos seus estados de origem, poderão aplicar os ensinamentos no dia-a-dia”, disse o professor. Os estados do Ceará e do Rio de Janeiro também planejam criar escolas de capacitação para policiais comunitários dentro das universidades públicas.
Raquel Maranhão Sá