UFMG começa curso de graduação para professores indígenas
A Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realiza entre os dias 8 de maio e 2 de junho, em Belo Horizonte (MG), a primeira etapa presencial do curso de formação intercultural de professores indígenas do estado. Participam do curso 141 professores pertencentes aos povos pataxó, caxixó, xucuru-cariri, pancararu, maxacali, krenak, xacriabá e aranã selecionados pela UFMG.
O primeiro curso de formação intercultural de professores indígenas da UFMG está dividido em dez etapas presenciais intensivas, com duração média de 30 dias cada, duas vezes ao ano, e atividades de pesquisa e prática em serviço, que serão acompanhadas por 12 monitores de cursos de pós-graduação da universidade. Em 2006, a primeira fase presencial será em maio e junho e a segunda em setembro. Nos períodos, diz a coordenadora do curso, Lúcia Helena Alvarez Leite, os professores indígenas ficarão alojados perto da UFMG e terão custeadas despesas com deslocamento das aldeias à universidade e no retorno, além de hospedagem e alimentação.
O curso será oferecido em parceria que envolve recursos do Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para Formação de Professores Indígenas (Prolind/MEC), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e a infra-estrutura física e docente da universidade. Do Prolind, a UFMG terá R$ 500 mil; da Funai, R$ 372 mil; e da Seduc-MG, R$ 89 mil.
Prolind - Em 2005, quando foi criado, o Prolind selecionou 12 projetos de instituições federais e estaduais de educação superior para receber recursos do MEC em três tipos de projetos envolvendo formação de professores indígenas e permanência de alunos. Para o eixo criação de cursos de graduação foram selecionadas as universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Roraima (UFRR) e as estaduais do Amazonas (Ueam), de Mato Grosso (Unemat) e do Mato Grosso do Sul (Uems).
Para o eixo diagnóstico para criação de curso foram escolhidos os projetos das universidades federais do Amazonas (Ufam), do Tocantins (UFTO), e da Bahia (UFBA) e as estaduais de Londrina (UEL) e da Bahia (Uneb). E para o eixo permanência de alunos foram escolhidos os projetos das universidades estaduais do Mato Grosso do Sul (Uems) e do Oeste do Paraná (UeoPR).
Ionice Lorenzoni