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Educação superior

Expansão do ensino superior chega à divisa com o Peru

  • Segunda-feira, 22 de maio de 2006, 11h26
  • Última atualização em Quarta-feira, 23 de maio de 2007, 04h56

O Projeto Expandir chegou ao Acre. Está em construção, em Cruzeiro do Sul, a Universidade da Floresta, um campus da Universidade Federal do Acre (Ufac). Ali serão desenvolvidas atividades em parceria com o Instituto da Biodiversidade (IBD) e com o Centro de Formação e Tecnologia da Floresta (Ceflora), na fronteira com o Peru, a 600 quilômetros de Rio Branco.

Em fevereiro deste ano, 3,1 mil candidatos inscreveram-se para concorrer às 225 vagas de cinco cursos de graduação oferecidas pelo campus — letras (65 vagas), pedagogia, engenharia florestal, enfermagem e biologia (40 vagas cada curso). As aulas começaram em 30 de março, na sede provisória do campus. Este ano, a Universidade da Floresta deve oferecer também os cursos de letras (espanhol), educação indígena e ciências. “Em 2008, teremos 11 cursos de graduação”, disse Anailton Guimarães Salgado, coordenador do campus.

A criação da Universidade da Floresta foi proposta no seminário A Universidade do Século XXI na Floresta do Alto Juruá, em outubro de 2003, em Cruzeiro do Sul, e teve o apoio dos ministérios da Educação, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia. Em maio do ano passado, foi constituído grupo de trabalho interministerial para articular iniciativas dos governos federal e estadual e do município e estruturar a instituição. Este ano, o campus recebeu recursos do MEC para a construção da sede e compra de equipamentos. Professores e funcionários foram contratados por concurso.

Opção — Com população de 70 mil habitantes, que vive da agropecuária, farinha e pesca, Cruzeiro do Sul tem agora não só o ensino superior, mas a opção de vários cursos. “Foi um prêmio para os filhos da região, que não tinham opções de ingressar no ensino superior e migravam”, disse Salgado. “O leque de oferta facilita o acesso à universidade para o Alto Juruá, pois atendemos alunos não só de Cruzeiro do Sul, mas de Ipixuna, Guajará e outras regiões.”

Até quem estava fora de Cruzeiro do Sul está de volta, para cursar o ensino superior, pois isso significa economia de custos, de transporte e hospedagem. “Nossa realidade é diferente em relação à dos grandes centros. Vamos trazer para a universidade o conhecimento nato, a cultura indígena, do seringueiro, do ribeirinho”, afirmou Salgado.

Mais informações pelos telefones (68) 3322-2468 e 3322-2354.

Susan Faria

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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