Transformação da FFFCMPA em universidade permite criação de cinco novos cursos de graduação
A transformação da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA) em Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (FUFCSPA) pretende manter a trajetória de crescimento da instituição. A elevação ao status de universidade, além de dar maior visibilidade à entidade, fornecerá a ela condições mais favoráveis para que amplie e diversifique as atividades de pesquisa, ensino e extensão oferecidas.
De imediato, a nova instituição vai oferecer cinco novos cursos de graduação: enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e licenciatura em ciências biológicas. Atualmente, são ministrados no local os cursos de medicina, biomedicina e nutrição – com a transformação, os dois últimos passam a ser oferecidos também no período noturno. O Rio Grande do Sul conta hoje com poucas vagas públicas em cursos de enfermagem, quando os mais festejados sistemas de saúde do mundo repousam no binômio um médico/um enfermeiro em cada posto de saúde dirigido à atenção primária. No próprio Hospital de Ensino da FFFCMPA – a Santa Casa de Misericórdia –, faziam parte do corpo de funcionários, em dezembro de 2004, 359 enfermeiras-padrão.
No âmbito das instituições públicas federais do estado, os cursos de fisioterapia e fonoaudiologia são ofertados apenas na Universidade Federal de Santa Maria, distante 300 quilômetros da capital. Os 23 fisioterapeutas e três fonoaudiólogos do Hospital Santa Casa de Porto Alegre, por exemplo, são oriundos de instituições particulares de ensino. Já o curso de psicologia é considerado o de maior demanda reprimida no Rio Grande do Sul, entre os cinco novos cursos ofertados – todos os estagiários em psicologia no hospital de ensino da nova instituição são igualmente oriundos de escolas privadas. Por fim, o curso de licenciatura em ciências biológicas e a oferta noturna dos cursos de biomedicina e nutrição vão atender a demandas sociais importantes: formação de educadores para a educação básica e oportunidade de ensino superior público ao estudante trabalhador.
Para o funcionamento dos novos cursos de graduação, o projeto de lei que está sendo encaminhado ao Congresso Nacional cria 41 cargos de professor universitário e 20 cargos técnico-administrativos de nível superior, isso em um período de seis anos. A elevação da instituição à condição de universidade vai requerer também modificações em sua estrutura administrativa. Por isso, os cargos de direção deverão passar de 13 para 18, enquanto as funções gratificadas passarão de 53 para 91, entre funções criadas e extintas. O projeto de lei ainda estabelece a extinção de 20 cargos de datilógrafo de textos gráficos no âmbito das instituições federais de ensino superior. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)