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Educação superior

Assentados aprendem a usar plantas medicinais em Minas

  • Quinta-feira, 14 de setembro de 2006, 10h41
  • Última atualização em Terça-feira, 15 de maio de 2007, 12h45

Conhecer as diferentes formas de aproveitamento dos medicamentos alternativos extraídos de plantas e ervas e ensinar  a usá-los corretamente é o objetivo do projeto Fitoterápicos Utilizados pelas Famílias do Assentamento Bom Jardim, da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Os trabalhos tiveram início em 2004, em Araguari (Minas Gerais).

Entre os objetivos do projeto está o levantamento, com base em conhecimentos populares, de todos os tipos de produtos fitoterápicos, identificar suas propriedade e descobrir de que forma são utilizados pelos assentados na pecuária e no controle de pragas e de doenças que acometem as pessoas. Outra finalidade é orientar os assentados sobre a forma de cultivo, coleta e preparação das plantas medicinais. Dosagens e freqüência de uso também são ensinadas. Está prevista, ainda, a implantação de um sistema de produção e distribuição de produtos fitoterápicos, em conjunto com as secretarias de Saúde de Uberlândia e Araguari e a UFU. Após todas essas etapas, os produtos seriam catalogados e armazenados em banco de dados.

O projeto integra o Programa de Apoio Científico e Tecnológico aos Assentamentos de Reforma Agrária (Pacto), numa parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a universidade.

Visitas — Segundo o clínico geral e fitoterapeuta Mário Paulo Paes, integrante da equipe do projeto, foram realizadas visitas aos assentamentos de Bom Jardim e Ezequias dos Reis, em Araguari, e aos de Zumbi dos Palmares e Rio das Pedras, em Uberlândia. O propósito foi conhecer a população assentada, sua realidade sociocultural e seus anseios com relação ao uso de plantas medicinais. Constatou-se que inúmeras pessoas fazem uso dessas plantas e  que muitas se queixam de estresse e de doenças relacionadas à ansiedade. A equipe procurou selecionar plantas com reconhecidas propriedades ansiolíticas, de fácil cultivo e acesso, como a Lippia alba (erva-cidreira) e a Passiflora alata driand (maracujá).

Paes salientou que, no Brasil, grande parte da população tem pouco acesso aos serviços de saúde. Além disso, a disponibilidade de medicamentos é precária, particularmente no meio rural. Para a coordenadora do projeto, Jureth Couto Lemos, o uso de plantas medicinais é uma alternativa economicamente viável para a população assentada.

Repórter: Ana Júlia Silva de Souza

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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