Instituto do Mercosul vai reforçar a pesquisa avançada
O Ministério da Educação ganhou nesta terça-feira, 22, em Foz do Iguaçu, (PR) o apoio da diretoria brasileira da Itaipu Binacional, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Paraná e de universidades públicas federais e do estado, à proposta de criação do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea).
De acordo com o coordenador do projeto do Imea, Hélgio Trindade, que apresentou a proposta em nome da Secretaria de Educação Superior (SESu), o instituto será um órgão do MEC com diretoria própria e conselho científico internacional. Suas atividades serão de pós-graduação e pesquisa interdisciplinar avançada nas áreas de ciências e humanidades.
O Imea trabalhará em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e comunitárias de ensino superior do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e estará aberto ao diálogo e a parcerias com as universidades dos países vizinhos. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) será parceira do Imea no desenvolvimento de cursos de pós-graduação e oferta de bolsas.
“O instituto é a contribuição brasileira à construção do espaço regional de educação superior do Mercosul”, diz Trindade. O espaço regional foi criado em novembro de 2006, em Belo Horizonte (MG), no 31º encontro de ministros da educação do Mercosul. O objetivo do instituto é qualificar recursos humanos para atuar na região, atendendo a demandas nos setores ambientais, recursos hídricos, integração regional, arqueologia, desenvolvimento agrícola.
O primeiro passo para a concretização do Imea foi dado pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek. Ele ofereceu ao MEC a infra-estrutura física do Parque Tecnológico de Itaipu para a instalação do instituto. Estiverem presentes à apresentação da proposta, a secretária de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Paraná, Lygia Pupatto; o diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), José Roberto Drugowich; o diretor da Fundação Parque Tecnológico de Itaipu, Juan Carlos Sotyo; o presidente da Capes, Jorge Guimarães; e reitores de universidades federais e estaduais.
Barragens — Dentro de um mês, explica Hélgio Trindade, acontecerá uma reunião em Foz do Iguaçu para discutir a montagem de um curso sobre segurança de barragens. A reunião, coordenada pela SESu, será com as universidades públicas brasileiras que têm competência na área de segurança de barragens. Essa, diz Trindade, é uma das demandas do setor na região Sul. Hélgio Trindade é professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Ionice Lorenzoni