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Haddad defende novas formas de acesso ao ensino superior

  • Quarta-feira, 29 de novembro de 2006, 12h30
  • Última atualização em Quarta-feira, 23 de maio de 2007, 09h11

Visite a página do ProuniO ministro da Educação, Fernando Haddad, defende formas alternativas de acesso ao ensino superior. Ele cita o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) como uma dessas opções. “Eu, se tivesse uma instituição, adotaria o Enem tranqüilamente como forma de selecionar os alunos”, defendeu o ministro, nesta quarta-feira, dia 29.

Haddad salienta que o Enem é realizado nacionalmente em mais de 800 cidades. ”A facilidade é grande. Muitas vezes, o desempenho no exame é mais adequado do que a própria prova aplicada pela instituição”, afirmou.

O fato de morar perto de uma universidade atrai o vestibulando, mas isso não significa, segundo o ministro, que o nível desse estudante seja melhor em relação ao que vive mais longe. Ou seja, um aluno do Acre, do Maranhão ou do Piauí, por exemplo, pode ter desempenho superior ao daquele que vive em São Paulo, onde há o maior número de estabelecimentos de ensino. “Para a instituição, é uma riqueza poder promover uma seleção em todo território nacional, não apenas naquela cidade ou região metropolitana onde se encontra”, enfatizou.

Na opinião de Haddad, é preciso distinguir vestibular de processo seletivo. “Quando eu falo que o vestibular está acabando, muitas vezes significa que ele está sendo substituído por um processo seletivo de natureza diferente”, afirmou. Um exemplo citado foi o do Programa de Avaliação Seriada (PAS), da Universidade de Brasília. Ao fazer o acompanhamento do aluno durante todo o ensino médio, o programa substitui o vestibular, mas não acaba com a seleção, nem com o mérito.

“Quando falamos que o Enem substitui o vestibular, estamos dizendo que uma prova nacional pode substituir a prova aplicada pela instituição. São formas alternativas de seleção, que resguardam o mérito acadêmico”, salientou o ministro. Para ele, as instituições estão em busca de alternativas para o vestibular por perceberem que assim podem atrair alunos com maior potencial. “Isso é o que está se discutindo: qual a forma de predizer com mais acuidade o desempenho futuro do aluno.”

Voluntário — O ministro garantiu que o Ministério da Educação não aplicará nenhuma medida legal que obrigue as instituições a desistir do vestibular ou a ficar só com ele. “O que o Estado deve fazer é induzir formas mais aperfeiçoadas de seleção. E o caso clássico do Enem é isso: voluntário da parte do aluno, que não é obrigado a fazer; e da instituição, que não é obrigada a aceitar”, destacou.

O Enem é realizado anualmente desde 1998. As inscrições são feitas no primeiro semestre de cada ano; as provas, aplicadas no início do segundo semestre. São 63 questões, não estruturadas em disciplinas, mas em habilidades e competências que o aluno deve ter desenvolvido na educação básica.

Hoje, cerca de 500 instituições públicas e particulares utilizam o Enem de alguma forma (para pontuação ou em substituição ao vestibular) como processo seletivo. Uma das exigências para se inscrever no Programa Universidade para Todos (ProUni) é que os candidatos tenham feito o Enem.

Susan Faria

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