Começa inspeção nos veículos escolares
Com uma visita à empresa Marcopolo, em Caxias do Sul (RS), o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban, deu início nesta terça-feira, 29, às inspeções que serão feitas, com o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), aos fabricantes dos ônibus escolares, no âmbito do programa Caminho da Escola. “Nossa presença é importante para garantir o cumprimento de todas as especificações constantes do edital de licitação”, afirma Balaban, para quem tais ônibus servirão como padrão para o transporte escolar no país.
Segundo o diretor de administração e tecnologia do FNDE, José Carlos Freitas, “todas as empresas passarão por um processo de inspeção de conformidade das especificações dos protótipos, que servirão de referência para a produção das demais unidades”.
De acordo com o diretor executivo da Marcopolo, Nelson Gehrke, a empresa chegou a produzir, no início desta década, veículos escolares. No entanto, o mercado não demonstrou muito interesse por eles. “Acho louvável o governo ter tomado uma iniciativa como esse programa, com destaque especial para a preocupação com itens de segurança.”
Além da vistoria do protótipo de cada fabricante, o FNDE e o Inmetro avaliarão cada um dos veículos produzidos para o programa nos estados. Até hoje, já foi autorizada a produção de 535 veículos escolares, sendo 284 da Marcopolo. Espera-se que até o final do ano sejam entregues mais mil ônibus.
Zonas rurais – O programa Caminho da Escola é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O novo programa de transporte escolar voltado para os 8,4 milhões de estudantes da educação básica pública que moram em áreas rurais vai permitir a renovação da frota, para oferecer maior segurança ao transporte dos estudantes.
Os veículos são adaptados à zona rural e certificados pelo Inmetro, que elaborou com o FNDE o conjunto de especificações técnicas de cada categoria. Os ônibus terão cor padronizada em todo o país (amarelo e preto).
Entre outras características, devem possuir suspensão do tipo metálica e mais alta que os veículos convencionais para circulação em terrenos acidentados; filtros de ar para o funcionamento do motor em estradas empoeiradas; e pneus de uso misto para uso em estradas de terra e asfalto e em trajetos de curtas e médias distâncias. Aqueles com mecanismo de acessibilidade devem ter plataforma elevatória e espaço reservado para cadeiras de rodas, com o sistema de retenção das cadeiras para o transporte de alunos portadores de necessidades especiais.
Assessoria de Comunicação Social do FNDE