Brasileiros capacitam professor timorense
Cursos de agricultura e zootecnia são oferecidos no Timor Leste por professores das escolas agrotécnicas federais (EAF) cearenses de Crato e Iguatu. No país do Sudeste Asiático, 106 professores de três escolas agrícolas são capacitados por meio de projeto de cooperação firmado com o Brasil. As aulas terminam no dia 22. O Timor Leste é um dos países mais jovens do mundo. Descoberto em 1512, alcançou a independência em 30 de agosto de 1999.
“Os cursos aumentaram meus conhecimentos da língua portuguesa e contribuíram para um maior entendimento de técnicas agrícolas”, reconheceu o estudante Carlos Amaral, da Escola Técnica Agrícola de Moleana. Alberto Moreira, da Escola Técnica Agrícola de Natarbora, diz ter aumentado os conhecimentos em zootecnia. Enquanto Carlos Amaral cursa agricultura para ensinar práticas agrícolas a seus alunos em português, Alberto Moreira estuda zootecnia para aprender os termos técnicos da área na língua portuguesa e, assim, preparar melhor as aulas.
Para o professor Expedito Danusio de Souza, da EAF de Iguatu, a importância da viagem ao Timor Leste está no fato de poder preparar colegas para o magistério. O professor Antonio Nustenil de Lima, da EAF de Crato, pensa na responsabilidade de ajudar um país irmão a sair de uma situação precária. Ele descreve o Timor Leste como um país pobre, com grandes índices de desemprego e baixos salários. “Um professor de nível superior ganha US$ 180 por mês e, para sobreviver, tem de plantar hortaliças e arroz para o próprio consumo. O salário não dá para todas as necessidades básicas”, disse. Tanto Expedito quanto Antônio participarão de outras etapas dos cursos, previstas para junho e julho de 2009.
Ana Júlia Silva de Souza