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Ações internacionais

Desafios do ensino médio na América Latina

  • Terça-feira, 02 de setembro de 2008, 17h00
  • Última atualização em Quinta-feira, 04 de setembro de 2008, 16h56

Buenos Aires — Oferecer aos jovens da América Latina acesso de qualidade ao ensino médio foi o tema central dos debates que abriram o primeiro dia do Seminário Internacional Ensino Médio — Direito, Inclusão e Desenvolvimento, nesta terça-feira, 2, em Buenos Aires, Argentina.

Promovido pelos escritórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de Argentina, Brasil e Chile, e com o apoio dos ministérios da Educação dos três países, o encontro busca colocar em evidência os desafios enfrentados pela região para oferecer acesso a esta etapa de ensino, impedir a evasão e promover um ensino de qualidade.

De acordo com o diretor do Unicef para a América Latina e Caribe, Nils Kastberg, 29% dos jovens da região estão fora da escola e não têm trabalho. Para ele, não basta oferecer acesso, mas uma educação de qualidade.

Na Argentina, disse a representante do Unicef no país, Gladys Vargas, os percentuais de matrícula no ensino médio aumentaram muito e hoje ultrapassam os indicadores de Brasil e Chile. O país tem 84% dos jovens matriculados no ensino médio, enquanto Chile apresenta 82% e Brasil, 76%, de acordo com Gladys.

Tanto Katsberg quanto Vargas acreditam que, frente às demandas do mundo atual, em que muitos jovens deixam a escola para procurar trabalho ou não recebem formação adequada para responder às demandas por emprego, é preciso atrelar educação ao mundo do trabalho.

No entanto, o que ocorre atualmente, na visão dos representantes, é que a educação recebida até o final do ensino médio acaba frustrando o estudante que permanece na escola, já que o ensino geralmente não prepara o aluno para uma realidade de constantes mudanças, sobretudo tecnológicas.

“Os estudantes precisam finalizar os estudos num nível homogêneo de qualidade para que o diploma não seja um documento obsoleto”, disse Gladys, em referência também às grandes disparidades regionais, em que há escolas que oferecem ensino de muito boa qualidade e outras, de baixa qualidade.

Segundo Katsberg, “a intenção é formar políticas de estado para que os países [da América Latina] possam diminuir suas disparidades, e Brasil, Chile e Argentina podem ser os motores dessa mudança”.

Maria Clara Machado

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