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Ações internacionais

Escola contribui para formar cidadãos

  • Quinta-feira, 04 de setembro de 2008, 16h51
  • Última atualização em Sexta-feira, 05 de setembro de 2008, 13h10

Buenos Aires – Descobrir na prática o que cada disciplina do currículo escolar pode contribuir para a construção de uma vida mais autônoma é o que a estudante Amanda Oliveira, 17 anos, mais gosta em sua escola. Diferentemente da maioria dos jovens presentes ao Seminário Internacional Ensino Médio – Direito, Inclusão e Desenvolvimento, que terminou nesta quarta-feira, 4, em Buenos Aires, Argentina, Amanda disse que não mudaria nada em sua escola.

Caso único entre os estudantes da Argentina, Chile e Brasil que participaram do encontro – 23 ao todo –, Amanda acredita que o método de atrelar as disciplinas regulares ao contexto da vida do estudante estimula o aprendizado e faz o jovem se identificar com a escola.

Ela mora no interior de Pernambuco, no município de Tuparetama, e estuda na escola municipal Anchieta Torres. Antes da proposta curricular implantada em 2004, segundo conta Amanda, os próprios professores passavam uma imagem de que a vida no campo não poderia resultar em sucesso e depreciavam o trabalho ligado à agricultura.

“Eles preparavam o aluno para sair do campo e não ser agricultores como os pais”, disse. “Viam a agricultura como um castigo”, afirma.

Orgulhosa de sua origem, a estudante diz que quer sim ser agricultora como os pais e se sente capaz de melhorar a sua realidade a partir dos conhecimentos que aprende na escola.

A mudança de atitude foi conseqüência de uma postura de valorização da região e de novo significado do papel da escola que agora contribui para formar cidadãos dispostos a intervir no meio em que vivem.

Na escola, Amanda aprende matemática, por exemplo, ao planejar hortas em que é preciso considerar aspectos como o perímetro do solo e a distância entre as verduras. Os conteúdos de química ganham mais sentido ao se fabricar adubos e biofertilizantes criados em atenção ao desenvolvimento sustentável. “A gente não usa inseticida. O biofertilizante é feito com água, fezes de animais, caldo de cana e cinzas”, exemplifica.

Outros alunos – Mais infra-estrutura, qualidade de ensino, diálogo com professores e direção, participação com voz ativa nas decisões da escola e uma formação que privilegie a construção de cidadãos capazes de construir uma sociedade mais justa foram outras reivindicações dos jovens que participaram do seminário.

Maria Clara Machado

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