Brasil e Camarões assinam acordos de cooperação
O governo brasileiro assinou na manhã de hoje, 11, acordos de cooperação com a República de Camarões nas áreas de saúde, educação e agricultura. O Brasil vai transferir tecnologia na área de cultivo do cacau (a mais tradicional cultura de Camarões); no setor de saúde pública, para combate ao HIV e outras epidemias, como a malária; e de educação, para o intercâmbio de professores universitários e alunos.
Na área de educação, o acordo entre os ministérios da Educação prevê intercâmbio de professores de história e literatura africana, garantindo que africanos possam lecionar em universidades brasileiras. E visa estabelecer vínculos preferenciais de cooperação científica, pedagógica e cultural nas áreas de arqueologia, psicologia, filosofia, sociologia e antropologia.
O Brasil vai acolher pesquisadores e estudantes de Camarões, com bolsas de estudo para pós-graduação em mestrado, doutorado e pós-doutorado. Seriam pesquisadores para as áreas de farmácia, informática, arquitetura, literatura, turismo e o setor agroalimentar. As bolsas incluiriam seguro-saúde e garantia de vagas. A cada dois anos, os governos vão organizar seminários, colóquios e reuniões.
Os países concordaram em investir em um projeto de formação de recursos humanos e transferência de tecnologia para a cultura de cacau, a principal cultura de exportação de Camarões. Cerca de 70% da força de trabalho do país trabalha na agricultura, setor responsável por 42,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O PIB de Camarões em 2004 foi de US$ 13,6 bilhões.
O acordo prevê a ida de técnicos brasileiros para a África, com apoio a treinamentos e transferência de tecnologia, além de acompanhamento e desenvolvimento do projeto em Camarões. Os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura serão responsáveis pelo acompanhamento.
Parcerias - O Brasil havia assinado protocolo de cooperação com Camarões em 1972. Parte dos acordos assinados agora são extensões desse entendimento. Os acordos prevêem parcerias entre instituições públicas e privadas dos dois países e organismos internacionais de desenvolvimento, como ONGs e instituições de fomento. Têm vigência de cinco anos e poderão ser renovados.
Repórter: Mylena Fiori - Enviada da Agência Brasil/Radiobrás