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Ações internacionais

Brasil e Cabo Verde avançam na parceria de ensino e pesquisa

  • Terça-feira, 23 de agosto de 2005, 10h03
  • Última atualização em Segunda-feira, 14 de maio de 2007, 11h29

Uma missão brasileira com representantes das áreas internacional, de ensino superior e de pós-graduação do Ministério da Educação, Ministério das Relações Exteriores e Embrapa viajará para Cabo Verde, no dia 30 de setembro, para fazer o diagnóstico do sistema nacional de ensino do país e preparar a instalação de sua primeira universidade pública.

A agenda de ações foi definida na segunda-feira, 22, entre o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, e o presidente da Comissão Nacional para a Instalação da Universidade de Cabo Verde, Antônio Correia da Silva. O grupo ficará em Cabo Verde por sete dias. Na visita, será assinado o protocolo que permitirá o acesso à base de dados do Portal de Periódicos da Capes. Antes da missão, um assessor da instituição irá ao país avaliar condições técnicas para a instalação.

Em reunião com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e com a ministra da Educação e Valorização dos Recursos Humanos de Cabo Verde, Filomena Martins, Jorge Guimarães propôs que o país africano adote duas novas ações para dar rapidez ao processo de melhoria do sistema de ensino e pesquisa local. Uma delas é a criação de um curso de pós-graduação na área de epidemiologia e saúde pública, para agilizar o processo de formação de pesquisadores. Cabo Verde não tem curso de graduação de medicina.

Guimarães explicou que, com apoio técnico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal da Bahia, duas instituições de referência na área, é possível criar um curso de mestrado de baixo custo e com resultados: “O país precisa conhecer a realidade das doenças, obter informação para políticas públicas. Isto pode ser feito com poucos recursos”.

Ciência – Outra forma de acelerar a formação de pesquisadores seria um sistema nos moldes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), que busca talentos na graduação. O presidente da Capes disse que Cabo Verde poderá enviar estudantes para passar férias e fazer pesquisa em universidades do Brasil. “É mais eficiente, rápido e barato. Iniciando a pesquisa na graduação, o país pode aumentar o número de mestres e doutores e reduzir o tempo de formação”, afirmou Guimarães.

As propostas interessaram à ministra Filomena Martins. Segundo ela, as necessidades do seu país abrangem desde a formação técnica até a criação de grupos de pesquisa. Com a assessoria técnica dada pela Capes, desde o início do ano, o governo cabo-verdiano conseguiu definir áreas prioritárias, plano de ação e implementações. “É um desafio, mas a parceria com o Brasil tem sido eficaz e fundamental. As ações são executadas, estamos satisfeitos com a ajuda”, disse a ministra.

Por meio do Programa de Estudante-Convênio de Pós-graduação (PEC-PG), a Capes intermedia a vinda de 25 mestres e doutores de Cabo Verde para qualificação em instituições brasileiras. A ministra prevê que para 2007 outros 50 profissionais virão ao país. Isso irá ajudar no planejamento de gestão da universidade pública de Cabo Verde, na criação de um sistema nacional de pesquisa e na realização da primeira feira universitária do livro do país.

Repórter: Adriane Cunha

 

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