Seminário internacional discute educação no Brasil
O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou nesta sexta-feira, 25, da abertura do 2º Seminário Internacional de Educação Brasil Competitivo. Promovido pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), o evento reuniu em Brasília educadores, lideranças empresariais e representantes do setor público para discutir métodos de alcançar o desenvolvimento sustentável por meio do ensino.
“Só investindo na educação, capacitando pessoas, é que teremos um país competitivo, que gerará empregos, justiça social e desenvolvimento”, disse Jorge Gerdau Johannpeter, fundador do MBC e presidente do grupo Gerdau, um dos patrocinadores do evento, ao lado da Petrobras e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Para o ministro, a solução é concentrar os investimentos em uma geração. “A experiência internacional demonstra que se você investir em educação, por 20 anos, o país não terá retrocesso educacional porque nenhum pai quer que o filho estude menos do que ele próprio”, afirma. Ele comentou que o Fundo da Educação Básica (Fundeb) – cujo projeto de lei está em tramitação no Congresso Nacional – vai organizar o ciclo educacional brasileiro e permitir aos filhos das famílias mais pobres o acesso à educação infantil, uma infância com mais qualidade e um melhor aprendizado escolar, se começarem a estudar antes dos sete anos.
Estímulos – A educadora Cosette Ramos, doutora em educação pela Universidade do Estado da Flórida (EUA), proferiu a palestra Ciência da Aprendizagem – Que Pedagogia para o Século 21?. Ela comentou que o cérebro se cansa após 20 minutos de explanação e que professores devem fazer intervalos e brincadeiras para descontrair os alunos. “A aprendizagem é fisiológica, une corpo e mente. Pensar consome energia e causa fadiga, portanto deve-se deixar o corpo mais ativo e motivado para o aprendizado”, garante.
Foram discutidos os temas Educação e Capital Humano na Agenda Econômica, com a participação do secretário executivo do MEC, Jairo Jorge, e Analfabetismo Funcional: Letramento e Enumeramento no Brasil. Logo depois, Heny Gabay, da McGraw-Hill, e Regina Nunes, presidente da Standard & Poor’s no Brasil, apresentaram pesquisas e dados internacionais de educação. Ambas são empresas de consultoria.
Repórter: Raquel Maranhão Sá