Brasil e Cuba aprovam projetos de pós-graduação
Novas propostas de intercâmbio de pós-graduação entre grupos de pesquisa brasileiros e cubanos foram aprovadas na quarta-feira, 7, na cidade de Havana, Cuba. A comissão julgadora analisou 57 projetos, dos quais foram recomendados 30. Os estudos desenvolvidos serão nas áreas de biologia, engenharias, meio ambiente, física e educação.
De acordo com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, o Encontro Binacional de Educação Capes e Ministério da Educação Superior de Cuba (MES) serviu para conhecer os processos de apresentação de projetos nos dois países. Com isso, Guimarães acredita que as propostas que serão apresentadas em julho do próximo ano terão mais qualidade. “Queremos um número maior de estudantes de doutorado envolvidos neste intercâmbio. Isso é importante para os dois lados”, disse.
Para o diretor de Ciência e Tecnologia do MES, José Luís Garcia Cuervas, a aprovação do número de projetos foi de extrema importância, porque houve um aumento comparado a outros anos. Segundo Cuervas, o encontro irá permitir uma melhor formulação de propostas de estudos conjuntos. “Com as reuniões já definimos nossas áreas prioritárias e percebemos uma boa recepção brasileira.”
Entre as prioridades estão o desenvolvimento de pesquisa em vegetais, humana e animal, ciências da computação, bioinformática, biologia, engenharia biomédica, matemática, física e ciências agrárias. Cuervas espera também intensificar o envio de estudantes cubanos financiados por bolsa-sanduíche.
Programa – O programa Capes/MES foi criado para estimular a troca de experiências científicas em áreas prioritárias definidas pelos dois países. Os projetos brasileiros apresentados estão ligados a programas de doutorado com conceitos 5, 6 ou 7 na avaliação da Capes. As equipes selecionadas receberão até três bolsas de estudo por ano para estudantes de doutorado. Além disso, são financiadas missões de trabalho dos professores envolvidos nos projetos.
Para o pró-reitor de pós-graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Celso Pinto de Melo, um dos avaliadores dos projetos, uma cooperação internacional só tem sucesso quando os dois lados apresentam uma proposta estruturada. “O importante é ter objetivos claros, envolvendo professores e estudantes para formar novos profissionais”. Outros dois critérios analisados são o caráter inovador da pesquisa e a possibilidade de aumento da produção científica.
Os pesquisadores Maria de Fátima Grossi de Sá, da Universidade de Brasília e Embrapa, e Sandoval Carneiro Júnior, da Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ) integraram o grupo que analisou os projetos do lado brasileiro.
Repórter: Adriane Cunha