Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as notícias > É bola na rede na programação da TV Escola desta sexta-feira
Início do conteúdo da página
Ações internacionais

Unesco aprova idéia brasileira de cooperação triangular

  • Quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006, 19h04
  • Última atualização em Quinta-feira, 17 de maio de 2007, 10h13

Foto: Julio Cruz NetoAs Nações Unidas apóiam a proposta do mecanismo triangular de ajuda aos países pobres apresentada pelo Brasil. A idéia foi destaque no discurso de Koichiro Matsuura, diretor-geral da Unesco, na abertura oficial do sexto Encontro Ministerial de Educação para Todos do E-9, realizada nesta terça-feira, 14, em Monterrey, México. Matsuura disse que a entidade está interessada e disposta a ajudar na concretização da proposta.

“Vamos examinar as possibilidades de desenvolvimento da cooperação Sul-Sul por meio de mecanismos que permitam aos países do E-9 oferecer sua experiência e apoio a outros países em desenvolvimento”, afirmou o diretor. “A Unesco está muito interessada nesta idéia inovadora e está pronta para apoiar da maneira correta. A questão da cooperação triangular com agências financiadoras e conexão com a iniciativa fast track também deve figurar em nossas deliberações”, completou ele.

O fast track, destinado a agilizar a liberação de recursos, é outra proposta brasileira, aprovada no encontro do E-9 em Pequim, em novembro último. A cooperação triangular de certa forma complementa aquela, na medida em que prevê a melhor utilização desses recursos. Os países do E-9 funcionariam como intermediários, oferecendo o know-how de suas políticas públicas na área educacional.

“A Unesco reconheceu a importância dos países do E-9 no preenchimento da lacuna entre as nações pobres e aquelas que têm recursos, mas não têm programas”, declarou Alessandro Candeas, assessor internacional do Ministério da Educação brasileiro. “O Brasil tornou efetiva a agenda de educação para todos”, reiterou.

O próximo passo, diz ele, é levar a proposição ao Conselho Executivo da entidade, que vai se reunir em março. Os países ricos também estarão representados na ocasião, o que dará mais peso ao projeto. “Até o final do semestre, todas as principais entidades terão dado apoio, e os países pobres poderão começar a escolher os projetos que mais lhe interessam.”

A cerimônia de abertura do encontro contou com participação do presidente do México, Vicente Fox, que disse que educação para todos é uma aspiração dos democratas e dos humanistas. “A diversidade e pluralidade destes países (do E-9) fortalecem as ações conjuntas”, apontou ele.

O ministro da Educação do México, Reyes Tamez Guerra, gastou boa parte do seu discurso para falar de avaliação, outro tema freqüente em Monterrey – fala-se muito do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa), do qual o Brasil participa. Segundo jornalistas locais, o atual governo mexicano gosta de tocar no assunto porque argumenta ter sido o primeiro a tornar públicos dados referentes à avaliação escolar e porque vai realizar no meio do ano a primeira avaliação universal do país.

Durante a mesa de discussões, o representante do Ministério da Educação do Brasil no evento, Ricardo Henriques, voltou ao tema. Destacou que o país, além de estar universalizando o seu sistema de ensino (avaliando os alunos de 4ª e 8ª séries do fundamental e do 3º ano da educação média), investe na divulgação dos resultados. “Realizar uma boa avaliação é essencial, mas não é suficiente. É preciso fazer com que os resultados cheguem à sociedade, senão não há impacto”, ressaltou Henriques.

Como exemplo desse enfoque, o MEC divulgou recentemente o resultado detalhado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que permitiu o acesso aos dados por município e por escola.

Repórter: Julio Cruz Neto, enviado de Monterrey

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
X
Fim do conteúdo da página